De Leonardo Santana, para o site Bocão News:
“Duas salas alugadas para o Esporte Clube Bahia no edifício Atlanta, região do Stiep, se tornaram um imbróglio para o ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube, Ruy Accioly. Isso porque, o lugar foi locado em nome do ex-conselheiro, destituído após a intervenção, e tem um débito de três meses de aluguel, seis meses de IPTU e mais três meses de condomínio.
Quando a sede de praia foi desapropriada e demolida, precisamos arranjar salas para alocarmos o departamento social, os funcionários que tínhamos lá, o Conselho Deliberativo, fiscal e documentos, então alugamos essas salas no edifício Atlanta. Quando fomos fazer o cadastro, o proprietário teve restrição e não aceitou que fosse feito em nome do Bahia, então colocamos em meu nome com Marcelo Guimarães Filho como fiador, explicou Acciloy.
Segundo o ex-presidente do Conselho, é comum que dirigentes coloquem seus nomes em jogo, porque muitas vezes as empresas envolvidas não querem fechar contratos com clubes de futebol. Geralmente querem alugar em nome de um diretor para garantir que vai receber e não vai ter atraso. Isso sempre aconteceu no Bahia, complementou.
Accioly alega que a nova diretoria do Bahia estaria aplicando um calote ao não pagar os meses de aluguéis das salas 807 e 808 do edifício Atlanta. Estavam pagando tudo direito quando houve a intervenção. Rátis ainda pagou um ou dois meses, mas agora recebi uma cobrança referente aos meses de agosto, setembro e outubro dizendo que o pessoal do Bahia não alugou nada e que alugamos para uso pessoal. Causou-me estranheza, todo mundo sabe que aquilo foi usado para o Bahia. Porque o contrato está no meu nome eles não querem pagar, isso é um calote. Não usei aquilo pra mim, nunca tive sala, dispara Ruy.
Em contato com o Bocão News, o novo diretor administrativo-financeiro do Bahia, Reub Celestino, explicou o porquê do não pagamento do aluguel e dos demais débitos. O corretor entrou em contato pedindo o pagamento. Conversei com o departamento jurídico que me orientou a pedir o documento em nome do Esporte Clube Bahia. Escrevi para ele e pedi para que encaminhasse o contrato firmado com o Bahia e ele não mandou. Depois entrou em contato cobrando novamente, repeti a solicitação e quando recebi o documento não está firmado com o Bahia, está em nome particular de Ruy Accioly. Fiquei em uma situação difícil. Como posso pagar uma coisa que está contratada em nome de um particular. O financeiro não pode arcar com nada que não esteja no nome do Esporte Clube Bahia. Não paguei por orientação do jurídico, disse.
Reub reconheceu que a sala estava sendo utilizada pelo clube, mas como o contrato não está firmado em nome do Esporte Clube Bahia não poderia arcar com os débitos. Disseram que estavam usando as salas, mas criou-se um impasse. Reconheço a situação, mas tenho uma postura legal. Não posso pagar uma coisa usada por terceiros, em princípio, porque se não fica ruim para fim, finalizou o diretor.
A equipe de reportagem do Bocão News entrou em contato com o corretor do imóvel que revelou que o local já foi desocupado e as chaves teriam sido devolvidas, mas que os débitos continuam em aberto.”
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