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Diretor esclarece valores cobrados por lateral

Notícia
Historico
Publicada em 3 de dezembro de 2013 às 23:35 por Da Redação

O imbróglio envolvendo as declarações de Ávine e do seu empresário, Oldegar Filho, a cerca de questões contratuais e salários atrasados, ganharam mais um capítulo. No fim da noite desta terça-feira (3), o diretor financeiro do Bahia, Reub Celestino, concedeu uma entrevista ao repórter Thiago Pereira, para o Globoesporte.com, onde esclareceu alguns pontos referentes ao caso do atleta. Confira:

“- O Bahia deve salário a todo mundo, aliás, como todo time do Brasil. O Bahia é um time falido, assim nos foi entregue. Tentamos resolver a situação como um todo nesses dois meses passados após a posse do presidente Fernando Schmidt. Mas a situação é dificílima. Principalmente pelo estoque de dívidas que nos deixaram. As receitas foram antecipadas.

Dito isso, vou ao caso do Ávine: assumimos em setembro, e, nesses dois meses e sete dias, fiz nove pagamentos para ele. Paguei dois meses de salários atrasados, despesas médicas, direitos de imagem, pensão alimentícia de uma ex-mulher dele. Tudo deu um total de R$ 133 mil. O clube ainda tem quatro dívidas com ele, mas não procede com os três meses de salários atrasados que ele está cobrando – disse.

Reub afirma que parte da dívida do Bahia com Ávine foi herdada da gestão de Marcelo Guimarães Filho. O dirigente diz que o clube ainda deve direitos de imagem ao lateral, que até já antecipou uma quantia referente ao benefício de agosto.

– O Bahia deve quatro pagamentos vencidos. Dois deles de antes de entrarmos. Um deles é o direito de imagem de agosto. Teve uma despesa médica de agosto também. Ele tem atrasada a imagem de agosto, a imagem de outubro, como todos têm, e o salário de outubro. A imagem de agosto é de R$ 46 mil. Adiantei R$ 5 mil para a mulher dele sair de São Paulo. Ele decidiu vir de São Paulo de carro, comunicou ao Bahia, que fez os depósitos para a mulher dele voltar e pagar as coisas por lá- contou.

Além de Ávine, o Bahia precisa efetuar um pagamento para o médico Moisés Cohen, responsável pela cirurgia realizada no último mês de agosto no joelho do lateral.

– Devemos uma quantia ao médico Moisés Cohen, bastante educado, por sinal. O valor é de R$ 44 mil. Estávamos prontos para pagar. Contava que entraria uma receita, que não entrou. Voltamos a conversar com ele. No sábado, falei com Anderson Barros [diretor de futebol do clube baiano], e as expectativas eram de que pagaria nesta segunda-feira. Agora vem a informação de que o dinheiro pode entrar de hoje para a amanhã. Espero poder pagar o quanto antes – declarou Reub Celestino.

O diretor-financeiro tricolor ressalta que todos os jogadores e até funcionários do Bahia estão com salários atrasados e culpa o desequilíbrio financeiro encontrado no clube pela nova gestão.

– Queria pagar essas dívidas na semana passada. Ia pagar não somente os direitos de imagem, mas os salários de outubro. Só que uma possível fonte de receita falhou. Tenho várias despesas para pagar. Esse rapaz [Oldegard Filho] está provocando tumulto com outros interesses. É a renovação que ele quer? Então que fale com o departamento de futebol. O financeiro é muito transparente. O Bahia não recebe receitas. É quebrado financeiramente.

O Bahia tem uma folha mensal de R$ 4,2 milhões, com uma receita de um milhão. Não dá para fazer milagres. Estamos atrasados, mas estamos em boas condições para um clube brasileiro. A prática no Bahia era a de pagar o mês vencido no dia 25 do mês seguinte. Nós ainda não conseguimos desfazer essa prática para legalizar tudo. Mas vamos fazer isso no próximo ano.

Estamos com nove dias de atraso para pagar o mês de outubro. Esse rapaz [Oldegard Filho] está falando coisas absurdas. A única coisa que ele fala de verdade é que chamo ele de “grosseiro” – alfinetou o dirigente tricolor.

Apesar da rusga com o empresário de Ávine, Reub Celestino não acredita que as declarações dadas pelo agente atrapalhem no processo de renovação de contrato com o lateral.

– Não tem essa história de dificultar as coisas por causa do empresário. Não tem nada disso. Uma coisa que a diretoria hoje tem é decência. Isso sobra. Jamais fariam isso. Ainda mais por se tratar de uma estrela da torcida do Bahia – finalizou.”

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