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Clube teria pago por serviços não prestados

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Historico
Publicada em 6 de dezembro de 2013 às 16:48 por Da Redação

A edição do A Tarde desta sexta-feira trouxe nova denúncia contra a antiga diretoria do Bahia. Desta feita foram apresentadas notas fiscais de serviços pagos pelo clube que somadas chegam à cifra de pouco mais de R$2,3 milhões. As notas foram emitidas por três empresas que cobraram por serviços de reforma nos campos do CT tricolor. veja a íntegra da matéria:

“A TARDE teve acesso a notas fiscais de supostos serviços prestados ao Esporte Clube Bahia em maio de 2013. São documentos que datam entre 21 e 31 de maio de 2013, referentes ao que seriam pagamentos feitos pelo clube a terceiros – fornecedores e prestadores de serviços, em relação a reformas (drenagem, irrigação, plantio de grama, escavação, terraplanagem etc) nos campos de treinamento do Fazendão.

Segundo o gerente operacional do Bahia, Claus Dieter (no cargo desde 1996), tais serviços jamais foram prestados ao clube, que teria desembolsado, no somatório das notas fiscais, o total de R$ 2.367.521,01 a três diferentes empresas. As declarações do dirigente, feitas em papeis timbrados com sua assinatura, foram entregues ao Ministério Público Federal para que o órgão apurasse as informações.

Segundo consta nas notas (veja o fax-simile abaixo), o Bahia pagou R$ 675.280,92 à Onix Construções S/A, em 23/5/2013. Desembolsou ainda R$ 728.322,00 à MAM Equipamentos Ltda – ME, com notas de 21/5/2013, além de R$ 963.918,09 à Millenium Serviços Técnicos Especializados Ltda – ME, com duas notas datadas de 24/5/2013 e uma de 31/5/2013.

Foto: ECBahia

“A partir do momento que passamos a apurar as informações da auditoria (da empresa Performance, contratada pela equipe que realizou a intervenção no clube, em julho), questionamos funcionários do clube que nos informaram que esses serviços jamais foram prestados. Procuramos, então, as empresas e mandamos notificações, mas não conseguimos entregá-las porque elas não constavam nos endereços que estão na receita federal, em consulta com base no CNPJ das empresas”, disse o gerente jurídico do Bahia, Vítor Ferraz.

A reportagem tentou encontrar as empresas por outros meios, e não teve sucesso no caso da Onix Construções e da MAM Equipamentos. A Millenium está localizada no logradouro que consta na nota, no edifício Fernandez Plaza (Pituba), contudo, em uma sala diferente do endereço que está no documento. Por telefone, no início da tarde, uma funcionária nos informou que tentaria falar com o responsável pela empresa e que entraria em contato com o jornal, o que não aconteceu até o fechamento desta edição.

Perguntado sobre quais seriam as próximas ações do Bahia em relação ao caso, Vítor Ferraz disse: “Tentaremos o ressarcimento desses valores. O clube não pode ser prejudicado. Em tudo sendo comprovado, entraremos com uma ação indenizatória contra as empresas e, se necessário, também contra os ex-gestores do clube”.”

Em sua defesa, o presidente destituído afirmou ao mesmo jornal que os serviços foram prestados e que ele está sendo alvo de uma tentativa de difamação por parte da nova gestão do clube.

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