O jornalista Marcelo Sant´Ana publicou nesta terça-feira, em seu blog , novas informações sobre o caso (ou seria descaso?) Nike. Segundo ele, representantes do clube vão tentar a rescisão do contrato com a Netshoes, que representa a marca americana. Confira o texto:
“O Bahia faz hoje a quinta reunião com representantes da Nike no período de três meses. Depois do segundo encontro (entre presenciais ou por teleconferências), o assunto é o mesmo: a rescisão do contrato válido até dezembro de 2015.
A multa para distrato custa cerca de R$ 2 milhões e, segundo o documento, apenas o Bahia é obrigado a pagar em caso de rescisão. Caso a desistência seja da Nike, não há multa prevista. E é justamente isso que a diretoria tenta fazer: convencer a patrocinadora a cancelar o contrato.
A relação entre clube e fornecedora de material esportivo é ruim desde a raiz. No acordo, a Netshoes, rede de artigos esportivos na internet, funciona como intermediária entre as partes. Por isso é comum os uniformes vazarem no site da empresa antes do lançamento oficial e sem os patrocinadores do clube. A Nike nunca encarou o acordo com o Bahia como prioritário, embora a propriedade seja interessante, especialmente até a Copa de 2014, pois Salvador é cidade-sede e os direitos do Mundial são da adidas.
Outros problemas, na versão da diretoria tricolor, incluem a má distribuição de produtos aos lojistas, a falta de ações de ativação de patrocínio e a qualidade do material dos uniformes, que ainda são cópias de times europeus a branca usada no Brasileiro é variação da vermelha do Manchester United e o terceiro padrão imita o Freiburg. Inclusive, a crise entre as partes inviabilizou até o lançamento do modelo tricolor previsto para o segundo semestre deste ano.
O Bahia já tem duas empresas interessadas em patrociná-lo: a adidas acena com R$ 5 milhões por contrato de dois anos, enquanto a Puma sinaliza R$ 6 milhões por três temporadas. Nenhuma, até agora, convenceu a diretoria.
Os valores incluem luvas e material esportivo. É suficiente para pagar a multa? É. Mas não sobraria extra em caixa, fora o risco de briga judicial com a gigante americana. Daí o Bahia ainda não avaliar rescindir unilateralmente.
E há outro detalhe importante: o Bahia planeja maior autonomia, assumindo, através de terceirizados, até aspectos da confecção das camisas, como já acontece em alguns casos na divisão de base. É uma estratégia nova no mercado e nem adidas ou a Puma estão seguras em topar.”
A relação do Bahia com a Nike/Netshoes é desgastada desde o primeiro ano de contrato. O ecbahia.com ao longo desses dois anos vem mostrando repetidas vezes os atrasos nos lançamentos e as queixas dos torcedores contra a falta de qualidade e originalidade dos produtos comercializados pela empresa brasileira, sob tutela americana.
O último exemplo foi a confusão com o lançamento do uniforme tricolor desta temporada que após várias confusões foi “vazado”na internet antes do lançamento oficial e já desagradou a torcida por causa de um inexplicável retalho vermelho na parte de trás. Confira nos links abaixo algumas matérias feitas sobre o assunto.
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