A Associação Bahia Livre, um dos principais grupos organizados de torcedores do Esquadrão, publicou em seu perfil no Facebook na noite deste domingo uma nota em que questiona a atuação do assessor especial da diretoria, o publicitário Sidônio Palmeira, e de Valton Pessoa, advogado, vice-presidente do clube e responsável pelo departamento de futebol do Tricolor.
No texto, a ABL, que tem como presidente Jorge Maia, vice-presidente do Conselho Deliberativo do Tricolor, pede a saída dos dois por entender que eles são os responsáveis pela atual situação do futebol do Bahia, atual penúltimo colocado no Brasileiro 2014.
Confira o texto na íntegra:
“NOTA DA ASSOCIAÇÃO BAHIA LIVRE
Durante o período de intervenção decretado pelo juiz Mário Albiani, após a ação na justiça impetrada por Jorge Maia, membro e atual Presidente da ABL, no qual o Clube foi administrado pelo advogado Carlos Rátis, o publicitário Sidônio Palmeira teve uma importante participação, por ser muito bem relacionado, inclusive com a Arena Fonte Nova.
Naturalmente, teve um papel de articulador dos grupos de oposição e dos novos entrantes na vida política tricolor, assim como o próprio Palmeira.
A escolha do nome de Schmidt foi de plena aceitação, um homem de reputação ilibada, ex-presidente do Clube e companheiro de muitos anos das pessoas que lutaram para democratizar o Bahia. Já a escolha do candidato ao cargo de Vice-Presidente foi cercada de polêmica. Em uma reunião com mais ou menos 50 pessoas, no auditório do prédio onde fica a agência Leiaute, para a escolha do candidato à Vice-Presidente, apenas um nome foi citado, o do engenheiro Fernando Jorge. Seria unanimidade, mas uma pessoa apenas divergiu, o publicitário Sidônio, dizendo que não estávamos sendo democráticos (!), inclusive, ameaçou deixar a reunião e o processo de articulação. Na verdade, Sidônio tinha em mente colocar um nome de fora dos grupos de Oposição, mais especificamente, um nome de um grupo de empresários que apoiariam a gestão do Clube. Ao final, a posição de Sidônio prevaleceu e o nome escolhido para o de candidato à Vice-Presidente, oriundo desse grupo de empresários, foi o de Valton Pessoa.
Até então, a única vez que o nome de Valton Pessoa teria sido relacionado ao nome do Bahia se deu quando apareceu na imprensa que ele havia participado de algumas reuniões, junto com o então gestor da Arena Fonte Nova, com o ex-presidente afastado. O objetivo dessas reuniões era fazer com que o defenestrado entregasse o poder do Clube.
Após a eleição de Schmidt, foi votada no Conselho Deliberativo uma espécie de ratificação de uma interpretação de um artigo do Estatuto do Clube para que o cargo de Vice-Presidente pudesse ser exercido sem dedicação exclusiva e sem remuneração. Dessa maneira, Valton Pessoa pôde exercer sua função do clube de forma amadora, mantendo plena atividade profissional no seu escritório de advocacia.
O Conselho Deliberativo foi pego de surpresa com essa votação, fazendo um mea culpa, por tal surpresa e seus membros votaram de maneira diversa, uns a favor, outros contra a não exigência de dedicação exclusiva e a não remuneração. Mas mea culpa por quê? Pelo fato de hoje entendermos, claramente, que um cargo tão importante do Clube não pode ser exercido de forma não profissional, coisa que não ocorreu no calor do momento.
Isso vai de encontro a tudo ao que sempre defendemos para o Clube, que é, além da democracia, a sua profissionalização. O mesmo vale para o publicitário Sidônio Palmeira, que é assessor não remunerado da Diretoria.
Inclusive, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para que na próxima gestão seja respeitada a profissionalização do Vice-Presidência. Profissionalização essa que está na filosofia que inspirou a elaboração do Estatuto aprovado pelos sócios em Assembleia Geral.
Para piorar a situação, o publicitário Sidônio e o advogado Valton, se tomaram por gatos mestres em futebol e passaram a administrar, conjuntamente, o futebol do tricolor.
Já é sabido o caos que é o futebol do Bahia, não vamos repetir o turbilhão de críticas que a torcida e a imprensa têm feito, apenas queremos dizer que a situação se tornou insustentável e inaceitável, depois da vexatória entrevista coletiva concedida pelos responsáveis pelo futebol do Bahia, no último sábado.
Ao presidente Fernando Schmdit, fica a mensagem que ainda há tempo para fazer as mudanças necessárias para que se corrija a rota de modo que sua gestão não fique marcada por um rebaixamento!
Mais do que uma mensagem, fica também um apelo. Pedimos, urgentemente, que o Presidente afaste o advogado Valton Pessoa e o publicitário Sidônio Pessoa da gestão do futebol do Bahia, que esses sejam impedidos de exercer qualquer ingerência sobre o futebol do Bahia.
Esperamos que a contribuição de Valton seja dentro de sua área de atuação profissional, a jurídica e que o publicitário Sidônio contribua no marketing e na comunicação do Clube, se assim for solicitado.”
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