Em entrevista exclusiva ao ecbahia.com, o ex-diretor financeiro do Bahia, Reub Celestino, esclareceu algumas situações que ocorreram dentro do clube, revelou o motivo de ter pedido demissão em setembro deste ano, comentou os erros e acertos da gestão de Fernando Schmidt e falou sobre as eleições presidenciais.
Confira:
Nós do ecbahia.com tivemos acesso ao parecer da auditoria do clube onde foi explicitado que as contas do Bahia, no período que você assumiu, de setembro de 2013 até o final daquele ano, foi aprovada com ressalvas pelo conselho fiscal por falta de alguns documentos. Esse foi um dos motivos de sua saída do clube?
Reub Celestino – Minha saída do Bahia não tem nada a ver com isso. Tem a ver com um acúmulo de coisas que estavam acontecendo, desde o início do processo, e me cansaram. Fui ao Bahia por ser tricolor e estar deslumbrado com uma hipótese de fazer algo bom. Lá chegando, descobri que a luta por espaços é muito grande e continua sendo. É uma luta política. A respeito disso, duas pessoas do conselho fiscal me disseram que eles (o conselho fiscal) tinham decidido que eram de função politica. O que me estarreceu porque o conselho fiscal não é um conselho político. Eles terminaram agindo com técnica mas também com posicionamento político. Mas não vem ao caso.
Então qual foi o grande motivo de sua saída?
Reub Celestino – Saí por um acúmulo de coisas que me decepcionaram. Meu deslumbramento era fazer alguma coisa consequente. Eu achava que determinadas coisas não tinham seguido uma linha que seria correta para o bom andamento da recuperação do Bahia e para o fortalecimento para a gestão seguinte, já que eramos uma gestão transitória. Nessa transitoriedade nós deveríamos fazer alguma coisa de arrumação e isso não foi feito. O orçamento não foi respeitado eu não estou dizendo que as pessoas fizeram de propósito. Elas fizeram tentando acertar mas estragaram o orçamento. Se você me perguntar se culpo alguém por isso, digo que não. Eu culpo a inexperiência e a incompetência no trato dessas questões específicas que essas pessoas não eram do ramo e não tinham experiência. Do outro lado das receitas, tem gente lá dentro que se irrita com isso, mas é uma verdade e os números comprovam isso. As receitas não foram as receitas que estavam pensadas e planejadas com possibilidade de serem realizadas. Então essas coisas todas, pequenas, que foram se juntando chegaram a solapar o meu interesse de continuar na gestão.
Mas existiu aquele momento que você pensou: esse é a hora de sair, não dá mais.
Reub Celestino – Comecei a tomar remédio para dormir e não dormia. Passava três horas e me levantava. Então percebi que isso estava fazendo mais mal do que bem. Pedi para sair do Bahia no dia 12 de agosto, véspera da morte de Eduardo campos, e teve um motivo. Aquela gota de água que derrama o copo. O motivo foi provocado por uma determinada pessoa numa reunião de diretoria. Vou me reservar de não comentar o nome nem o que ocorreu, mas foi o pingo de água que determinou que eu não deveria mais permanecer. Tanto que falei na frente de todos e falei com o presidente: não me resta outro posicionamento a não ser sair do Bahia. Ai então ele (o indivíduo que Reub não quis revelar) se juntou com mais alguns para dizer que eu estava teatralizando a coisa porque eu já tinha dito que ia sair do Bahia algumas vezes. Fiquei calado e no dia seguinte houve o acidente com Eduardo. Com isso, Schmidt pediu para conversar em outro momento. Depois me pediu para segurar porque Kleina estava chegando. Até que a coisa foi esquecida. Em um dia bem calmo, um mês depois, fui ao gabinete do presidente e disse: o meu pedido de demissão ainda está de pé e queria que você me liberasse. Estou cansado, decepcionado, não tem mais sentido, não gosto do tipo de relacionamento que estou tendo aqui dentro e isso tem destruído minha qualidade de vida. E foi assim que saí do Bahia.
Houve uma reunião do conselho que você estava sendo esperado, no entanto, não apareceu. Pode nos explicar o que aconteceu?
Reub Celestino – Tinham dito que ia ter uma reunião de conselho em que eu deveria estar presente. Eu sabia ia acontecer a reunião e eu sabia que as pessoas estavam esperando que eu fosse. Mas eu sou disciplinado. Eu não fui convidado e nem posso ser convocado. O conselho deliberativo não pode me convocar. Só posso ser convocado pelo presidente. E nem o presidente do conselho me convidou nem o presidente do Bahia me disse que era pra eu ir. Apesar de, um dia antes, eu e Schmidt termos conversado por mais de uma hora sobre sobre a reunião. Para ele ficou claro que eu ia para reunião mas, para mim, tava claro que eu não iria para reunião. Por isso que eu não fui. Quando a reunião estava tomando corpo eu estava em meu veleiro, velejando. Ai o presidente do conselho mandou uma mensagem perguntando se eu ia. Disse que não ia, estava fora de Salvador e não fui convocado. Ai o céu desabou em cima de mim porque isso é alimento para aquelas pessoas que querem fazer o mal. E começaram a me apedrejar por conta disso. Fui perguntado se eu iria e disse que não, até porque no texto que eu vi o conselho fiscal estava querendo fazer uma acareação. Acareação é um termo policial. Um termo onde você coloca um marginal de frente par uma vítima para fazer uma acareação. Eu disse ao presidente do conselho que isso é um absurdo usar este termo com Valton, Schmidt e os outros diretores. Em respeito aos presidentes do conselho e do Bahia eu respondi às questões formuladas, por escrito. Escrevi, mandei e ao que me consta essa correspondência foi lida no conselho e atendi plenamente o que tinha para dizer.
Muito se fala da disputa do poder dentro da atual gestão do Bahia. Isso realmente existiu? Quando começou?
Reub Celestino – Havia uma gestão que não estava indo bem e haviam movimentos contrários àquela gestão (de Marcelo Guimarães). Movimentos se sucediam, inclusive, eu fui escolhido para ser o candidato para presidente por um grupo e em outro para ser o interventor, dito e encaminhado para o Ministério público. Então minha participação começa em 2007, se não me engano, com os grupos querendo que eu fosse o presidente do Bahia. De la para cá as coisas não deram certo. Ocorre que, no ano passado, em uma questão colocada por Jorge Maia, essa coisa caminha na direção de bloquear atitudes da diretoria elevar a uma intervenção. Antes do processo se caminhar, é lançado o filme Bahia Minha Vida, que é muito bem-feito, gostoso de se ver, e o Sidônio, como publicitário, aproveitou para criar um movimento Bahia da Torcida e pongou pra fazer aquilo tudo. E depois, o Rátis sendo escolhido, ele foi elevado a uma condição estelar porque seria interessante para que a torcida se manifestasse a favor do ato. Elevado a uma situação heroica, fez o procedimento de intervenção naquele período de 60 dias. Ai vem a eleição e Schmidt é eleito com uma publicidade muito grande. Com muitos outdoors. Inclusive, usando meu nome nas publicidades. Quando a diretoria assume, já entra com indicações de interesses de grupos diferentes. Ainda não do jeito que está hoje, mas estavam disputando espaços. Já havia uma disputa de espaços.
Você participava de algum desses grupos, Reub?
Reub Celestino – Como fui convidado pelo presidente, eu não participava de grupo nenhum. Mas eu raramente conversava com um grupo, que fui saber nesse ano que se chama Multi, formado por Fernando Passos, Fernando Schmidt, Fernando Jorge e Nestor Mendes. São pessoas que conheço há muito tempo. Não defendo interesses de grupo e não faço parte.
Percebemos que Valton Pessoa e Sidônio Palmeira falavam bastante pelo clube e, inclusive, eram responsáveis por algumas contratações do time. Foi um processo natural ?
Reub Celestino – Sidônio e Valton, não sei por qual motivo, ficaram responsáveis de conduzir o futebol e esse par ficou separado da diretoria tomando as rédeas do futebol. Vale dizer que nenhum dos dois tinham experiência no assunto. Não estou falando mal. Porque eles são muito competentes em suas áreas profissionais mas em futebol, não. O resto da diretoria se reunia eventualmente com eles e muitas coisas já haviam sido decididas antes. Então foi assim. Tinha até um papel que eu apresentaria na primeira reunião da diretoria quando eu ia dizer os males do início da gestão. Mas não fiz isso. Era uma situação nova, final do campeonato passado. Chegando no final do ano (2013), eu fiz o orçamento da instituição toda, exceto futebol. Percebi que o Anderson Barros (diretor de futebol da época), Valton Pessoa, Sidônio e outras pessoas, estavam em uma situação complicada pois era fim de Campeonato e estávamos lutando para deixar o Bahia na primeira divisão. Já estava decidido que Anderson Barros sairia. Como não haviam um orçamento de futebol, fiz um corte de 25% para adequar as situações. Passada a reunião do conselho, eles trabalharam sério, dentro do orçamento, e fizeram.
Então no início do trabalho foi tudo seguido à risca por todos…
Reub Celestino – A partir daí pensei que o clube seria bem levado a partir de um orçamento no qual participei 100%. No processo inicial de contratação, falando como torcedor pois não entendo de futebol, mas soube de algumas pessoas competentes no assunto, que as contratações deveriam ser feitas no inicio, durante a Copa do Nordeste e um pouco antes do Campeonato Brasileiro. Isso fazia com que a gente economizasse dinheiro com salários mais altos de alguns jogadores . O fato é que o orçamento ficou apertado pelo caminhão de jogadores que chegaram muito cedo as receitas não estavam vindo. Depois que o Bahia tirou o OAS da camisa não conseguiu mais ninguém. Ficaram la de dentro, de certo modo, fazendo mimo para um e para outro para ver se o cara comprava um espaço nobre da camisa do Bahia, ninguém comprou e o dinheiro não vinha. Ai veio a história do associativismo para chegar a 30 mil sócios. Quando chegou, não tínhamos 9 mil em dia. O máximo que chegou ao financeiro foi 500 mil reais por mês. Eu diria que em torno de 10 mil pagavam em dia. Quando eu saí, já tinha caído esse valor para 200 e poucos mil. Houve esforço? Houve! Nunca disse isso. Sempre elogiei atitudes nessa linha.
Existiram conflitos?
Reub Celestino – Se houve conflitos dentro…existiam discussões sem agressões. Sou uma pessoa calma mas polêmica. Nunca explodi no Bahia. Não tenho nenhuma queixa ao que fiz e acho que poderia ter contribuído muito mais se as coisas fossem desenhadas e respeitadas de forma mais linear. Acho que perdemos uma grande chance de pegar o Bahia e melhorar bastante. Schmidt não tem culpa nisso. Ele é extremamente ético e educado. Tem uma liderança de comando muito democrática mas as pessoas não compreendem e querem usurpar parte desses poderes. Inclusive eu posso ter cometido essa falha.
Sem dinheiro, como você conseguiu deixar os vencimentos dos jogadores em dia?
Reub Celestino – A gente foi lutando e fazendo antecipações de receitas. Tinha um bom relacionamento com o pessoal que tratava isso na Globo. Então por isso que, desde o início da gestão, o que aconteceu foram situações adversas a um planejamento de equilíbrio por conta de despesas maiores e receitas menores. Além disso, começamos a ser seletivos. Por exemplo: teve um momento que o Bahia tinha 57 jogadores profissionais e, na minha cabeça, um time não precisa de 57. O número que eu aprendi, de pessoas competentes no futebol, é que esse número pode chegar a no máximo a 34 jogadores. Quando você não tem dinheiro suficiente para pagar esse plantel eu vou pagar a quem? Os atletas que estavam sem jogar acabaram ficando sem receber. Um caso que aconteceu foi com o Potita. Adoro ele como pessoa. Numa determinada reunião com os jogadores, conduzida por Valton que me convidou para participar, eles pediram (os jogadores), através de Rafael Miranda, que quando pagassem os salários deles pagassem o de Potita porque ele estava precisando. Então quando pagamos o salário paguei o Potita. Isso é uma prática que, não acontece só no Bahia mas como em vários clubes do Brasil. Isso aconteceu também com os encargos trabalhistas. O Bahia não tinha condição de pagar tudo. O time tem despesas de 6 milhões por mês e a folha salarial estava muito alta. Então ou pago folha ou encargo ou metade de cada.
Isso acontecia na base também?
Reub Celestino – A base não teve a atenção devida. Eu tinha uma tabela com FGTS, imposto de renda, INSS, luvas, contrato e etc. A ordem era de que eu não podia deixar três dessas coisas acumularem que pela lei eles (os atletas) poderiam sair. Tinha uma lista, que aparecia eventualmente, de jogadores que tinham que ficar em dia como: Madson, Nadson e etc. Esses aí tinham que ficar em dia. De 160 atletas só 6 ou 8 eram listados. A folha da base dava 50 mil reais.
Foi assim que o Bahia acabou perdendo Ítalo Melo? O nome dele foi listado alguma vez?
Reub Celestino – Ele nunca foi listado entre os prioritários de pagamento. O Bahia não tinha interesse naquele garoto. Tanto é que, quando aconteceu, quem chamou minha atenção foi assessor jurídico. Imediatamente vi o que tinha para pagar e paguei. Mas aí já não tinha mais jeito, juridicamente. Ficam dizendo que a culpa foi minha. A culpa é de uma circunstância de não ter dinheiro para pagar tudo. Além do mais, o controle disso vinha de lá. O Pará, por exemplo, era um cara que não aparecia. O interesse do Bahia era tão forte que nem deram a mínima atenção ao menino. A base era renegada. Como de repente aparece um cara, chamado Bruno Paulista? Contra o Corinthians, entra nos 14 minutos finais e mete uma bomba para o gol. Cadê a visão interna? Quem Botou esse menino para jogar foi Charles. Lourival, que é um dos maiores artilheiros da base do Brasil, só agora aparece? Os diretores eram, de certo modo, influenciados pela presença do diretor de futebol e pelo técnico.
O Bahia gastou muito dinheiro que não podia?
Reub Celestino – É um absurdo que o Bahia paga de passagens aéreas. Haviam viagens que eram desnecessárias. Inclusive de pessoas que acompanham a equipe. Assim como jogadores em excesso e equipes de apoio. Não estávamos num time rico. O Bahia é um time pobre e empobrecido. Então as minhas rusgas eram em cima disso. Queria preservar uma instituição que eu gosto e eu era responsável.
Agora vamos falar de eleições. Na segunda quinzena de dezembro teremos o pleito onde um novo presidente do Esporte Clube Bahia será eleito. Seu nome, Reub, está circulando como um dos possíveis candidatos ao cargo. Você confirma?
Reub Celestino – Vou deixar bem claro: eu não sou candidato à presidência do Esporte Clube Bahia. Se Virgílio Elísio não for, outro não for, em último caso posso cogitar essa hipótese. Não é meu interesse. Continuo apoiando Virgílio até o fim.
Então sua intenção é apoiar a candidatura de Virgílio Elísio caso ele aceite a indicação?
Reub Celestino – Se Virgílio for candidato à presidência, vou apoiá-lo e sei que posso levar alguns milhares votos para ele. Além disso, se ele vencer e eu for convidado posso pensar em aceitar um convite para alguma diretoria. Vivo de salário e não sou uma pessoa rica. Não posso ser presidente do Bahia porque o Bahia não remunera. Pelo estatuto remunera mas Schmidt não está sendo remunerado porque perde as imunidades fiscais. Não tenho condições de me manter.
Quem assumir o Bahia no próximo ano, vai pegar um clube falido?
Reub Celestino – O Bahia não tem patrimônio. Se pegar o patrimônio hoje e vender não sobre nada. As dívidas são muitas. Só as dívidas fiscais somam mais 120 milhões de reais. Quando chega a essa situação, o time está falido. Se o time não tem como cobrir, com os patrimônios, as dívidas que tem, é um clube tecnicamente falido. Agora, é claro que o time tem salvação mas é de forma dolorosa, árdua, precisa de muita disciplina e leva anos. Precisa de muita seriedade. Não pode ir no embalo na torcida. Não pode se dar ao luxo de contratar jogadores caros.
Numa situação hipotética, participando de uma direção, o que você faria para tirar o Bahia desta situação?
Reub Celestin – Numa hipótese, sendo diretor, eu faria um reforço substancial da base. Primeiro – reduziria o tamanho da base. A peneira seria muito grande porque tudo é custo. Não precisa de 160 jogadores. Você tem que dar na base não só o treinamento mas também educação, saúde, disciplina, comportamento e etc. Da base, quem ficasse, o Bahia teria que ordenar uma porcentagem de meninos que teriam que ser testados no time principal. Desses jogadores, o valor econômico do Bahia teria que ser muito alto. O Bahia não pode levar a campo jogadores com 5 % de direitos. Então o Bahia tem que ser uma fábrica de jogadores para produzir e exportar.
É fato que o Tricolor está muito próximo da segunda divisão. Você consegue enxergar algum ponto positivo caso o time seja rebaixado?
Reub Celestino – Eu gostava da série B. É empolgante. Cada dividida saia uma faísca. Os jogadores ficam loucos para serem vistos por times da Série A. Pelo lado financeiro é ruim porque recebe menos dinheiro e é duro voltar. Para isso tem que ter uma disciplina muito grande. O Bahia não pode brincar de colocar pessoas que fazem parte de grupos da torcida na diretoria. Tem que colocar pessoas competentes. Do mercado de futebol, tem que ser o cara que entenda de futebol e pessoas que possam assessorar. Se você me perguntar se o Bahia vai cair, acho que vai. O time de futebol é fraco. A organização está fraca e tudo leva a crer que vai cair. A minha vontade é de que não caia. Mas tem aquela coisa de que a Serie B acaba sendo desafiadora para um processo de organização. Se isso for necessário, é melhor que o Bahia caia para se organizar melhor e lutar numa linha reta de sucesso. O que não cai, pelo contrário, que se reforça bastante é a alma do Bahia. E isso independe dos jogadores. A alma do Bahia é algo espiritual que eu não sei explicar. A torcida tem que se lembrar que a alma do Bahia é viva e ela não morre.
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