Foram sete anos de angústia. Do dia 14 de dezembro de 2003 até o dia 13 de novembro de 2010, mas parece que não se lembram. O apaixonado torcedor tricolor amargou os piores jogos, nos piores campos, nas várzeas das divisões inferiores do futebol brasileiro.
O descaso com o clube foi tão grande, que o torcedor ficou 10 anos sem comemorar um título sequer. As viagens eram cansativas, as derrotas para equipes sem expressão foram humilhantes.
Sem nunca deixar de apoiar as cores do Esquadrão, o torcedor comemorou o acesso em 2010 e teve esperanças de que o Tricolor voltasse a honrar sua multidão.
Mas o que se viu nos anos posteriores foram equipes fracas tecnicamente, sem profissionais de excelência e que se safaram dos rebaixamentos apenas nas últimas rodadas dos campeonatos nacionais.
Agora não teve salvação. Neste domingo, dia 7 de dezembro de 2014, as promessas ficaram nas entrevistas para rádios, portais e periódicos. O Bahia perdeu do Coritiba e o pesadelo voltou.
Graças à incompetência administrativa, amadorismo, falta de planejamento para o futebol e erros críticos em contratações o time terá que combater a dura segunda divisão em 2015. O torcedor tornará a visitar certos estádios pífios e assistir duelos de nível técnico reduzido e arbitragens ainda piores.
Este ano, período em que a torcida apoiou, que acreditou em cada palavra do presidente omisso Fernando Schmidt, do inexperiente vice-presidente Valton Pessoa que abandonou o barco no meio do caminho, e do assessor especial que desapareceu, Sidônio Palmeira, a queda veio avassaladora.
Com uma equipe abaixo da crítica e um futebol vivido de sorte, o clube “conquistou” apenas 6 triunfos diante da sua torcida. É muita crueldade e descaso.
Para o ecbahia.com, vale o alento que no próximo sábado, dia 13 de dezembro, o sócio poderá decidir democraticamente quem administrará o clube no triênio 2015-2017.
Se em outras épocas esse cenário jamais era imaginado, desta vez ele existe e dará à turma tricolor a chance de escolher algo melhor, alguém que se importe com a história do clube e que tenha vergonha da situação vexatória que é jogar a Série B.
A conquista das eleições diretas fará com que o próximo presidente e vice-presidente, assim como os 100 conselheiros, sejam eleitos pela maioria dos votos.
A esperança é que o vencedor saiba montar uma diretoria competente e capaz, que consiga desenhar um planejamento digno para devolver o Bahia à Série A já no próximo ano, pois senão as coisas podem até piorar… e muito!
REBAIXAMENTOS
Série B em 1997 – Presidente – Antônio Pithon
Série B em 2003 – Presidente – Marcelo Guimarães
Série C em 2005 – Presidente – Marcelo Guimarães
Série B em 2014 – Presidente – Fernando Schmidt
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