Sócios ficam sem “meia” e torcida sofre na Fonte

Nem tudo foram flores no duelo que garantiu a classificação tricolor às semifinais da Copa do Nordeste, após o triunfo sobre o Campinense-PB, neste sábado (28), na Arena Fonte Nova.

Assim como aconteceu nos dias anteriores nos principais pontos de venda, as grandes filas eram a marca da maior parte das bilheterias do estádio desde a manhã de sábado, como já virou costume mesmo nos jogos de menor apelo. Mas dessa vez não parou por aí. Os associados que chegaram de última hora não conseguiram garantir um dos principais benefícios do programa de sócios do clube: a meia entrada.

Promessa de campanha dos últimos dois presidentes eleitos –Fernando Schmidt e Marcelo Sant’Ana–, o desconto nos ingressos dos jogos com mando de campo tricolor não foi conseguido por quem deixou para comprar seu ingresso pouco antes de a bola rolar.

A equipe ecbahia.com presenciou, por volta das 15h30, o momento em que os atendentes informavam que não havia mais ingressos de meia entrada, restando a opção de pagar R$ 50 ou R$ 60 para acompanhar o confronto.

“Agora só me resta ir à justiça e processar por esse absurdo”, bradava um torcedor mais exaltado, recebendo o apoio daqueles que estavam na fila e ainda passariam pelo mesmo problema. Enquanto muitos desistiram de apoiar o clube na decisão, um associado teve que desembolsar R$ 240 para garantir o acesso ao jogo de dois adultos (sócios) e duas crianças, que também não tiveram o benefício que é garantido por Lei. “Fora os R$ 20 do estacionamento e o que consumir lá dentro do estádio”, ressaltou.

SERVIÇO PADRÃO FIFA?

E os problemas não acabaram nas bilheterias. Já dentro da arena, os torcedores se “espremiam” para assistir à partida, com alguns tendo que se virar em áreas inapropriadas, como as escadas e corredores de circulação, enquanto alguns setores sequer foram abertos pela Arena.

Para completar a festa, com grande parte dos bares fechados, os torcedores “brigavam” para adquirir bebidas, que estavam sendo vendidas sem gelar em grande parte das vezes, até mesmo no primeiro tempo do jogo.

Enquanto a bola rolava, a espera para ser atendido chegava a 20 minutos. No segundo tempo, sem outra opção, os tricolores tiveram que devolver as fichas já compradas e receber o dinheiro de volta. “Vergonha” era o termo mais repetido pelos torcedores.

MÉDIA BAIXA

O atendimento precário e a dificuldade na compra de ingressos certamente são alguns dos pontos que vem fazendo o clube ter uma presença de público ínfima em 2015. “Não fosse a desorganização o público seria muito maior”, previa um torcedor do lado de fora do estádio. Apesar do grande apelo da partida, pouco mais de 20 mil torcedores pagaram ingresso.

Co-responsável, já que a operação das partidas é realizada pela Arena, o Bahia foi procurado pelo ecbahia.com e garantiu que irá apurar o ocorrido neste sábado. “O Bahia se mostrou surpreso com a situação e promete apurar junto à Arena Fonte Nova, afinal se trata de um direito do sócio do clube, o qual vem sendo defendido desde o início da gestão”, prometeu.

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