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Torcida segue sendo desrespeitada pela Arena

Notícia
Historico
Publicada em 12 de setembro de 2015 às 01:03 por Da Redação

Na noite desta sexta, o ecbahia.com sentiu na pele o que o torcedor tricolor tem passado desde que a Fonte Nova foi reaberta em 2013. Descaso, incompetência e burrice são os três adjetivos mais amenos que podem definir a venda de ingressos no estádio nas horas que antecedem as partidas.

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Pouco antes de a bola rolar para Bahia e Bragantino, centenas de torcedores que estavam na bilheteria da ladeira da Fonte das Pedras não puderam adquirir seus ingressos devido a uma falha no sistema do estádio. Clientes que se esforçaram para chegar a tempo de ver o seu time do coração entrar em campo, ficaram de molho na longa fila por mais de uma hora. Agora vejamos a razão dos três adjetivos:

DESCASO

Enquanto a equipe da Arena se limitava a dizer que “o sistema caiu”, os indignados torcedores se questionavam por qual razão os administradores do estádio não fazem uma impressão antecipada de um determinado número de ingressos para prevenir essas frequentes quedas de sistema.

À medida que o tempo passava, a fila diminuía por conta dos desistentes, as queixas aumentavam e os cambistas — sempre eles — iam se fartando. Com as mãos cheias de ingressos — o sistema nunca cai para eles — ficavam ao redor da fila assediando aqueles que só queriam pagar para entrar no estádio. Como começou às 19h, não houve como acompanhar o embate pelas rádios, restando as buscas na internet ou ligações para amigos e parentes.

INCOMPETÊNCIA

Enquanto Douglas fazia o pênalti que posteriormente defenderia, o Bragantino abria o placar e o Bahia empatava, a fila ia se encolhendo ainda mais e os cambistas sumiram, com os bolsos recheados do dinheiro daqueles que não quiseram esperar o fim do descaso da AFN. Um torcedor que estava à nossa frente, desistiu de assistir a partida e voltou para sua casa no bairro do Cabula acompanhado de seus dois filhos para assistir a partida.

Os agora poucos resistentes na fila já estavam há uma hora esperando o tal sistema “levantar” quando os times voltaram a campo e a administração não havia apresentado solução.

BURRICE

Desde a reabertura do estádio, em 2013, a ideia de imprimir os ingressos na hora da aquisição comprovou-se lenta e falha. Apenas os administradores do estádio não conseguem observar isso. Numa partida de baixa procura como foi a desta sexta, menos de 8 mil pagantes, o famigerado sistema caiu de maneira tão retumbante que não houve orixá do Dique que o fizesse ficar de pé.

Foto: Vladimir Costa/ecbahia.com

Arquibancadas vazias provam que a procura por ingressos foi baixa.
Foto: Vladimir Costa/ecbahia.com

A média de público do Bahia nas últimas rodadas não tem passado dos 12 mil pagantes. Apesar disso, ela nunca foi inferior a 5 mil, de maneira que, se houvesse a impressão antecipada dessa quantidade mínima, muito desse transtorno seria evitado. Ainda que houvesse impressões acima da demanda, pergunta-se: o custo dessa impressão supera a perda causada pela desistência de dezenas, senão centenas, de torcedores?

Só nessa noite, foi possível contar pelo menos 50 pessoas que desistiram de entrar apenas na bilheteria norte, enquanto o ecbahia.com permaneceu na fila. Se todas elas fossem estudantes e comprassem o ingresso mais barato, essa desistência teria provocado uma perda de R$ 750.

Pode parecer pouco, diante das cifras que envolvem a operação de um estádio. Porém, perguntamos: A impressão antecipada de 100 ou 200 ingressos que eventualmente não fossem vendidos teria um custo mais alto para a Arena? E o sério risco que correm estádio e clube de perder torcedores/clientes por conta desse despreparo e visão obtusa?

“Ingresso” de R$ 20 vendido com o segundo tempo já iniciado.
Foto: Vladimir Costa/ecbahia.com

Por fim, com a bola já rolando no segundo tempo, veio a decisão de vender ingressos na “mão grande” por R$ 20 para o setor Norte do estádio. Entramos na arquibancada a tempo de ver Maxi virar o jogo para o Bahia. Não sem antes ouvir de um sócio e conselheiro do clube a queixa de que levou mais de 40 minutos para adquirir o seu ingresso na manhã desta sexta-feira.

Saímos felizes com o resultado em campo, mas indignados com a forma como o torcedor tricolor segue sendo desrespeitado pela Arena e ignorado pela direção do clube, que há meses anunciou a “gestão compartilhada” na operação da Arena.

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