A série A está, a cada rodada que passa, mais longe do Bahia. Para a grande maioria dos tricolores, o acesso só virá se um milagre acontecer. Na noite desta terça-feira, (10), numa Arena Fonte Nova entregue a desesperança, o medíocre time tricolor apenas empatou com o quase rebaixado ABC (rebaixamento se confirmou com o fim da partida).
Com o 2 a 2, o time ficou apenas na sétima colocação, com 55 pontos, três a menos que o Santa Cruz, primeiro clube a integrar o G-4. Para chegar à elite, o time precisa vencer e torcer contra os vários adversários diretos.
Mas ainda há quem acredite. Durante a coletiva de imprensa logo após a partida, o técnico Charles Fabian afirma que não vai desistir tão facilmente.
“Quem trabalha em um clube grande como esse, que sabe a história desse clube, jamais pode jogar a toalha. Se você for buscar na história… A história fala por si só. É só buscar na memória o que esse clube representa. Jogar a toalha jamais. Eu não gosto muito de falar depois do jogo. Está todo mundo triste, mas amanhã tem que estar todo mundo com a cabeça erguida” afirmou.
Mesmo com o time jogando contra um adversário muito inferior tecnicamente, o técnico discorda de quem viu um Bahia desorganizado em campo. Ele escalou a equipe com três atacantes: Kieza, Maxi e Roger.
“O Bahia em momento nenhum esteve desorganizado. Às vezes, você tem que se expor. O Bahia tinha quer ganhar o jogo. Botei o time para frente. Eu me expus. Mas cada jogador estava na sua função. O Yuri ali protegendo a zaga, Tiago Real e Eduardo, cada um na sua função. Eu discordo disso aí de desorganizado. Acho qeu faltou um pouco de tranquilidade” diz.
Confira outros pontos abordados por Charles na coletiva:
ATUAÇÃO DE RÔMULO
“Rômulo não entrou bem. Existem alguns aspectos que tem que ter tranquilidade. O Eduardo, eu discordo. Ele foi participativo, deu duas assistências. Não é característica dele ser agudo. Rômulo é menos agudo ainda. Eu estava com os três atacantes e vi que Roger não estava aguentando. Ele até em agradeceu quando eu fiz a substituição. Pensei em ter mais articulação, colocar Rômulo entre as duas linhas, ele finaliza bem. Não tivemos a felicidade de encaixar esse passe, esse chute”.
PERSEGUIÇÃO
“A verdade é que tem jogadores no elenco que não posso mais usar na Fonte Nova. Tem um desgaste muito grande, às vezes tem que preservar atletas que tem potencial, mas o momento é delicado, a impaciência é grande, e às vezes esses jogadores sentem a responsabilidade. Tem que ter muito cuidado com quem vai jogar”.
FALHAS DE MARCAÇÃO
“Faltou encaixe mais rápido da marcação. Como o ABC tem uma equipe leve e rápida, eles saíam da marcação com muita facilidade. Tocava e saía toda hora. Isso dificulta para a equipe que está balançando na marcação. Isso cria muita dificuldade”.
RESPONSABILIDADE
“Desde que assumi, no ano passado e esse ano, quando se é chamado para assumir em uma situação assim, são situações em que não tem direito a errar. Errou, você paga. Nós temos errado nesses dois últimos jogos. A tabela diz por si. Momento que tem que ter cabeça tranquila. Me sinto muito responsável, me sinto capaz. Desde que assumi, quando o presidente depositou confiança em mim, não me arrependi em momento algum. As pessoas confiaram em mim, então pensei em assumir a responsabilidade, por causa do carinho que tenho por esse clube. A gente tem que aumentar nosso nível de rendimento, de resultado. Ou ganha ou já era”.
Globo Esporte (Adaptado)
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