Nos últimos anos, muito tem se falado sobre a igualdade de gênero. As mulheres estão cada vez mais conscientes da importância de ocuparem diferente papéis dentro da sociedade, pois como muito se diz no ditado popular: lugar de mulher é onde ela quiser.
Ao mesmo tempo que a conscientização está só aumentado, há uma longa estrada que as mulheres precisam percorrer. O mercado de trabalho é o local onde as desigualdades entre homens e mulheres se encontram mais presentes, e isso graças aos fatores históricos que ainda influenciam o modo como se vive até os dias de hoje. E no mundo dos esportes isso não é diferente:
Na lista de atletas mais bem pagos do mundo que a Forbes divulgou em 2018, não havia nenhuma mulher entre os 100. Sendo que o esporte que mais se destaca em números de milionários é o basquete com 39 atletas, seguido pelo futebol americano com 18 e depois o beisebol com 15 atletas. Todos os três conhecidos por serem praticados por homens. A liga mais valiosa do mundo, hoje, é a NBA.
Depois entram o futebol, o golfe e o tênis. Hoje em dia, há várias esportistas que ganham salários altíssimos, elas combinam a isso prêmios, publicidade e patrocínios. Entre as atletas mais bem pagas estão: Serena Williams, com mais de 18 milhões de dólares de faturamento anual, Caroline Wozniacki com em torno de 13 milhões, e Sloane Stephens, com mais ou menos 5,5 milhões. As três são jogadoras de tênis, o qual pode ser considerado um dos esportes com mais oportunidade para mulheres. Vale ressaltar que na lista da Forbes há apenas 4 jogadores de tênis.
Mas apesar de os quatro Grand Slams de tênis darem prêmios iguais para homens e para mulheres, isso não é o suficiente para colocar os dois gêneros no mesmo patamar, mesmo assim esse é ainda o esporte mais igualitário quando comparado com o basquete, futebol americano e beisebol, citados acima, por exemplo. O problema é que além dos prêmios, os homens recebem mais devido à audiência que atraem para o esporte.
Uma comparação importante entre os salários para mulheres e para homens entre o esporte mais desigual e o mais igualitário vai ilustrar como os salários mostram disparidades assustadoras. Segundo a lista, Roger Federer, ganha em torno de 77 milhões de dólares, Rafael Nadal, em torno de 42 milhões de dólares, Kei Nishikori, em torno de 34 milhões de dólares, w por fim, Novak Djokovic ganha em torno de 23 milhões de dólares, o que é apenas 5 milhões a mais que Serena Willians.
Já LeBron James, o jogador de basquete mais bem pago do mundo, ganha mais de 85 milhões de dólares e comparado com um dos principais nomes do basquete feminino Nneka Ogwumike que não ganha mais de 100 mil dólares por ano de salário, há uma diferença de 850 vezes. Ou seja, a disparidade é muito maior. E mesmo se compararmos com o jogador de basquete último da lista, essa diferença é ainda de 220 vezes. O que é realmente assustador.
Atualmente, as jogadoras de basquete nos Estados Unidos estão lutando para conseguirem salários melhores. As jogadoras estão em campanha para que a indústria a dar o crédito que elas merecem. Elas querem mudanças não só para elas, mas também para as jogadoras do futuro. Ou seja, a batalha nunca acaba e são com essas buscas por mudanças, que as mulheres vão criando mais igualdade no mundo dos esportes. A líder para essa busca é nada menos que Nneka Ogwumike.
É importante discutir esses números para diminuir as desigualdades e conseguir ver mudanças significativas no futuro próximo. Todos os esportistas merecem salários iguais de acordo com fatores que vão além do gênero.
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