é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia

Bahia acerta detalhes para anunciar patrocinador máster

Notícia
Marketing
Publicada em 19 de dezembro de 2019 às 09:26 por Victor de Freitas

2019-08-07-12-59_capajoaopedro2
Dular deve seguir como patrocínio máster do Bahia em 2020 (Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia)

O Bahia está em fase de acerto dos últimos detalhes para anunciar seu patrocinador máster para toda a temporada de 2020.

Principal patrocinadora do Bahia em 2019, a empresa Dular deverá manter sua marca na área nobre do uniforme do Esquadrão, mesmo ficando fora do primeiro lote dos novos uniformes. Os últimos detalhes estão sendo definidos, com expectativas positivas por parte do clube.

O andamento da negociação foi detalhado pelo gerente de marketing do clube, Lênin Franco.

“Temos um prazo que a gente precisa estar negociado com os patrocinadores para que, até essa data, tenha uma confirmação das renovações de contrato para que, aí sim, as marcas apareçam no uniforme. A Dular, por ser a patrocinadora master, por ser algo mais robusto, essa negociação ultrapassou o tempo que a gente tinha hábil para a produção. Ficamos em uma sinuca de bico. Ou segurava a produção e atrasa o lançamento, correndo o risco de perder o Natal, ou faria sem a marca, enquanto negocia, e a partir de um segundo lote, no início do ano que vem, com tudo certo, a marca vem estampada. A gente escolheu essa opção. Seguimos em negociação com a Dular. Temos boas perspectivas. Do lado deles tem interesse, do nosso lado também. Existem alguns ajustes a fazer. Esperamos que no início do ano esteja tudo organizado, assinado, para seguir com a parceria”, explicou o gerente.

Lênni também falou sobre o momento do clube na busca por receitas de patrocínios. Ele destaca a importância da manutenção de parceiros por longos períodos e valoriza os contratos firmados em 2019, apesar da saída da Caixa.

“Para a gente nesse sentido de receita de patrocínio, foi muito bom. O Bahia, mesmo com a saída da Caixa, no início de 2019, conseguiu se reorganizar. Novos patrocinadores chegaram, novos parceiros. A gente reequilibrou o valor que a gente tinha perdido com o patrocínio da Caixa. O mais importante não é só a entrada de novos patrocinadores, mas também a manutenção deles. O Bahia é um dos poucos clubes no Brasil que praticamente não tem mais propriedade comercial para vender no uniforme. O uniforme está inteiramente ocupado, o calção, a frente [da camisa], as costas. A gente tem conseguido manter, sempre em busca de aumentar a receita do clube, e desenvolvendo um trabalho de credibilidade no mercado. São muitos anos com o Bahia se mantendo com patrocinadores, e patrocinadores que acabam ficando por longa data no clube”.

Bahia como referência no lançamento de uniformes

“Não tenho dúvida que o Bahia virou, de fato, referência no mercado. Existiam outros clubes com marca própria. Mas a gente conseguiu fazer um modelo híbrido, em que a gente entendeu um pouco a realidade de cada um, trouxe para a nossa, montou um projeto com a participação do torcedor, com o desenho dos uniformes, o que cria engajamento grande. Quando a gente cria a camisa, já sabe que provavelmente vai ser bem vendida, porque o torcedor criou, votou e escolheu. Conseguimos nos diferenciar no mercado. Financeiramente não precisa nem dizer o quanto foi vantajoso para a gente no aumento de royalties. E também, obviamente, na flexibilidade de lançar novos produtos. A gente tinha uma limitação, já que as grandes marcas possuem uma padronização, que elas não mudam. A gente conseguiu se desvencilhar disso e atender diversos públicos. Pega o público feminino, por exemplo, além da camisa de jogo, tem camisa de goleiro, de concentração, aquecimento, de treino. Todo modelo masculino, tem também feminino. Coisa que não acontecia antes. Conseguimos agora na coleção 2020 baixar sensivelmente o preço do kit infantil. Foi algo que a gente brigou muito. Entendíamos que na formação do torcedor precisa ter produtos com preço mais acessível, para que os pais incentivem as crianças a torcer. É um processo quase de trocar o pneu com o carro andando. Vai aprendendo com os erros, identificando onde pode melhorar. A tendência é todo ano ter uma melhoria. Acho que a marca própria veio para ficar e deixou o Bahia em um patamar diferente dos outros clubes”.

Ações afirmativas e marketing

“A gente tem três pontos bem importantes. O primeiro, no caso de retorno de mídia, temos o Ibope fazendo um estudo específico a respeito das ações. O Bahia se destacou muito, e costumo dizer que cada ação o Bahia se destaca por ser o único que faz. O fato de ser pioneiro e se manter isolado, faz com que as ações ganhem repercussão. Estamos mapeando esse ponto para conseguir apurar um valor gerado por isso. Estamos sendo procurados por empresas grandes, nacionais, que querem aliar sua marca a essa estratégia. Estamos conversando com essas empresas. Em pouco tempo, vamos conseguir apresentar resultado financeiro em cima disso, negócios gerados a partir de ações sociais. Nosso grande objetivo é gerar receita. As ações afirmativas, além do posicionamento social, também geram receita. Em breve teremos boas notícias”.

Reduzir custos do clube

“Isso é um desafio grande. O uniforme é o carro chefe. Mas nem toda empresa tem verba suficiente para entrar no uniforme, mas tem alguma verba para entrar no Bahia. Nosso papel hoje aqui é desenvolver pacotes, entregas comerciais, que consigam atender a qualquer valor. A ideia, de fato, é sempre ampliar negócios e receitas. Fazer com que parceiros fiquem permanentes e cresçam a cada dia. Temos um trabalho importantíssimo no clube que é de reduzir despesas. Vou dar um exemplo. O Bahia tem um consumo altíssimo de água mineral. Todas as categorias usam água todos os dias. Imagine o quanto não se consome de água mineral. Nós procuramos um parceiro que troque, faça permuta, da água por produtos e propriedades comerciais do clube. Água mineral, grama, produto hospitalar, remédio. A gente tenta, paralelo a aumentar receitas, reduzir os custos do clube”.

Gerar receitas

“A gente já tem só com permutas um valor maior que R$ 2 milhões em troca de propriedades comerciais. Vai desde equipamento para academia a colchões, água mineral. Outros detalhes que não vamos antecipar para não estragar a surpresa. Coisas que conseguimos na base da permuta e gera uma economia para o clube. Temos que estar em busca de parcerias como essas. São importantes. O dinheiro que se deixa de gastar pode virar investimento no futebol. Então, a gente tem que estar focado nisso no dia a dia e buscar gerar receita e economizar dinheiro”.

Gerente de Marketing, Lenin Franco — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / DivulgaçãoLênin Franco é o gerente de marketing do Bahia

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Até onde você acha que o Bahia chegará na Série A 2024?
todas as enquetes