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Roger vê atuação do Bahia como abaixo da média contra o Grêmio

Notícia
Entrevista
Publicada em 17 de julho de 2019 às 23:04 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia deu adeus à Copa do Brasil com uma derrota por 1 a 0 para o Grêmio, sofrida diante de mais de 46 mil torcedores na Arena Fonte Nova. Após a partida, o técnico Roger Machado concedeu a tradicional entrevista coletiva para falar sobre o que achou do confronto.

Em sua análise sobre a partida disputada na Fonte Nova, Roger reconheceu que o Bahia esteve abaixo da média durante os 90 minutos, apesar de também admitir ter visto empenho e dedicação dos jogadores.

“Não posso reclamar de empenho, de dedicação, de doação, em função da busca pelo triunfo. Mas exatamente o que relatei para os meus atletas, que hoje a gente não conseguiu individualmente dentro do nosso coletivo ter o mesmo nível de atuação de outros momentos. No melhor momento do jogo, foi quando sofremos o gol, no segundo tempo. E não sofremos o gol na virtude da primeira característica do Grêmio, que é a posse de bola e a circulação. Tomamos gol no contra-ataque, jogada rápida e na vitória pessoal pelo lado do campo do Alisson, que finalizou bem para o gol. Não posso me queixar do empenho, da nossa torcida, que veio e nos incentivou o jogo todo, aplaudiu no final, porque percebeu empenho. Mas hoje tecnicamente, quando a gente tem três, quatro jogadores que, num dia, não estiveram tão felizes contra um time que tem essa característica, a tendência é que a gente tenha dificuldade na partida”, disse o técnico.

Orgulhoso do time

Mesmo com o revés e a eliminação da Copa do Brasil, Roger Machado demonstrou orgulho por ter conseguido duelar de igual para igual com o Grêmio, pentacampeão do torneio

“As equipes campeãs são forjadas sabendo reconhecer as virtudes do adversário, sabendo por que perde e por que ganha. Acima de tudo, nos tropeços, a gente bater no chão e levantar, porque não há tempo para lamentar. Eu tenho quase 700 jogos como profissional, fui um jogador vitorioso, mas tenho certeza que perdi mais do que ganhei. As conquistas marcam, mas a gente se fortalece nesse momento. Na vitória, se escondem questões que, na derrota, a gente precisa avaliar. Enfrentar de igual para igual o Grêmio agora nos deixa orgulhosos. A torcida ficou orgulhosa. Mas a frustração foi que hoje não conseguimos, individualmente, transformar nosso jogo coletivo, que era marcar bem e, quando tem a bola, jogar, nas oportunidades que nos permitiam fazer um gol e nos dar condição de passar para a próxima fase”, falou.

Substituições feitas

“Demasiadamente cedemos espaço para o Santos e para o Grêmio nos dois primeiros tempos, talvez motivados pela característica do adversário, mas também por uma defesa de tentar manter o zero no placar e usar a velocidade dos jogadores de lado. Mas certo é que a orientação de intervalo foi justamente para a gente ter a confiança de sair de trás, marcar mais alto, empurrar o adversário, deixar o zagueiro mais com a bola para ter a chance de roubar a bola perto do gol adversário. A gente soltou o time, subiu a marcação. Tivemos nossos melhores momentos até o gol do Grêmio, naquele período do jogo. Mas, por vezes, o adversário com qualidade vai ficar mais com a bola e constranger mais. O segundo tempo foi diferente, como contra o Santos”.

Mudanças no estilo de jogo?

“Construção do time é muito em cima das características dos jogadores. As nossas opções por um meio-campo forte por dentro e ter beirada leves são justamente pela característica que temos do lado. Hoje a gente trouxe Guerra, que é leve por dentro, mas não vamos ter. Então a formação é feita em cima das características que tenho à disposição. Claro que essa alternância, na verdade, não precisa mudar, mas entender o momento de fazer o quê, momento de ter jogo em contra-ataque, momento de ter bola e jogar em organização pela posse. Não vejo necessidade de trocar a forma de jogar, mas entender o meio-termo e também, com a bola, proporcionar ao adversário constrangimento e empurrá-lo para dentro do seu gol”.

Eric Ramires como substituto de Douglas Augusto

“(Douglas Augusto) já não está mais conosco. Não adianta falar a respeito. Tenho muito otimismo no Ramires, que eu elegi para ser substituto do Douglas nesse momento, com uma caraterística diferente. O jogo estava encaixado com o Douglas nessa posição. Também tem a questão da adaptação de jogo coletivo à característica de outro jogador. Trouxemos o Guerra, na condição de um cara com característica diferente na posição. Infelizmente, ele machucou e vai ficar fora. Usei Shaylon, tenho usado algumas vezes o Flávio. Deixei meu meio mais leve com Ramires, com mais jogo. Mas não foi pela ausência do Douglas. O nosso jogo coletivo não encaixou ofensivamente. Principalmente no primeiro tempo. Nossa marcação ficou muito distante, não conseguiu encurtar junto com a bola nos jogadores hábeis do Grêmio. Isso fez com que a gente se desgastasse no jogo e tirou um pouco da confiança quando tivemos a bola para jogar”.

O Esquadrão voltará a campo às 17h deste sábado (20), contra o Cruzeiro, na Arena Fonte Nova.

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