Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia levou a melhor diante do Salgueiro na noite deste domingo (24). O resultado de 3 a 0 foi celebrado pelo técnico Enderson Moreira, em entrevista coletiva após a partida disputada na Fonte Nova.
Em sua análise sobre os 90 minutos de bola rolando, Enderson Moreira destacou a importância do gol marcado por Artur nos primeiros minutos, que deu tranquilidade e confiança para a equipe controlar a posse de bola por mais tempo e criar as chances de gols.
“Se for avaliar vários números, cada hora tem uma coisa diferente. O que não canso de falar é que nossa equipe tem criado muitas oportunidades. Confesso que hoje até menos do que contra o Sergipe. A gente foi efetivo. Primeiro tempo muito bom, qualificado. Gol no início já nos ajuda muito. Coisa que tira talvez um pouco da ansiedade do jogador, que fica mais tranquilo. Enaltecer trabalho de todos. Nós fizemos um jogo difícil na quinta, uma decisão também. Nossos jogos são decisivos. A gente tem que enaltecer o poder de competitividade da equipe, que sempre joga para vencer. Sempre busca, cria situações, é sempre bom vencer. Dentro de casa tem um gosto muito especial”, falou o treinador tricolor.
Polêmica entre torcedores e Moisés
Apesar do resultado positivo, torcedores vaiaram Moisés devido a uma tomada de decisão do jogador. O lateral respondeu com xingamentos e passou a ser vaiado por uma parte da torcida até o fim do jogo, enquanto outros torcedores incentivavam o atleta com aplausos.
Enderson Moreira saiu em defesa do lateral-esquerdo, destacando as qualidades demonstradas pelo jogador em campo e citando que nem sempre jogadores fazem a mesma escolha que quem está de fora acha que seria melhor.
“A primeira coisa é que ele é um jogador que é extremamente dedicado, se empenha muito. A gente vê que ele é um jogador que, às vezes, participa do jogo ofensivo, muito forte do jogo defensivo também, jogador que transita dos dois lados com muita energia, força, participa de gols, de tiradas de bola lá atrás. A gente confia muito”, disse o técnico.
“(…) Claro que nem sempre o jogador vai tomar a decisão que nós de fora achamos que é a melhor. Eu estou na beira do campo, muitas vezes falo para dar um passe para frente, mas a gente tem que respeitar o jogador que está dentro do campo, decisão dele. Ele tem que ser respeitado porque ele está vivendo aquilo. De fora, temos uma ideia do que pode ser feito. Mas o jogador lá dentro é o cara que treina a semana toda, faz isso a vida toda. Se ele tomou uma decisão diferente do que torcida quer, do que o treinador quer, dirigente, a gente tem que respeitar essa tomada de decisão. Quando alguém cria algum tipo de vaia ou insatisfação numa decisão tomada assim, claro que isso pode mexer com o atleta. Acho que a gente tem que enaltecer o apoio que o torcedor deu depois desse momento. O torcedor ficou chateado naquele momento, mas também, depois, reconheceu que, às vezes, a gente tem que incentivar o atleta”, concluiu.
Pedido de apoio
“A nossa chance, numa temporada tão difícil como a desse ano, a gente está todo mundo junto, apoiando, todo mundo próximo, perto, porque a nossa força vem do torcedor. Quando o torcedor está com a gente, é uma coisa absurda, tranquilidade para tomar decisões, o jogador para fazer o jogo. Essa torcida é fantástica, maravilhosa, tem reconhecido o trabalho. Nossa chance para brigar por coisas gigantescas é a gente estar junto. Atletas, comissão, direção, torcedor, todo mundo apoiando, se dedicando para que coisas possam dar certo. Mesmo nos momentos mais difíceis precisamos estar unidos”.
Avaliação da temporada
“Primeira coisa: eu faço trabalho que faço, não faço para mim. Para mim, se fosse trabalhar só para mim, não estava nem pensando quantos jogos tem pela frente. Eu quero ganhar agora e o resto que se dane. Quero ter os melhores atletas agora, não vou rodar elenco, formatar um time B para algumas situações, entrar com time reserva. Quando a gente tomou essa atitude, sabia dos riscos. Podia não vencer, era um time que não treinava. Time B foi montado com algumas peças do elenco. A gente sabia exatamente o risco que era. Agora temos tomado decisões. A gente sabe. O Bahia é o clube que mais jogou. Isso é desculpa? Não. É constatação. Hoje a gente tem um jogador que sentiu já, não conseguiu se recuperar para esse jogo. Nós já tivemos duas modificações hoje de jogadores que estavam desgastados e pediram para sair, Fernandão e Arthur Caíke. Nós temos jogadores que estão fazendo uma sequência absurda. Tudo isso a gente vai medindo. Você está poupando? Não. Poupar é quando o jogador está pronto para jogar e você não põe. A gente não tem. Lucas não tinha condições hoje. Terminou o jogo passado exaurido de condições físicas. A gente tem que tirar o atleta, senão ele pode se lesionar. Esse trabalho foi para o Bahia, assumindo todas as responsabilidades. Mas foi trabalho para o clube, não foi decisão minha, da direção. Nós conversamos sobre essa possibilidade, o que poderia fazer para poder ter mais tempo, a pré-temporada, diminuindo o número de jogos desse início”.
O Bahia volta a campo na quarta-feira (27), contra o Atlético de Alagoinhas, pela partida de volta da semifinal do Campeonato Baiano.
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