Eleito como presidente da República para os próximos quatro anos, Jair Bolsonaro afirmou que vai revisar todos os contratos de patrocínio que o banco estatal atualmente possui, o que pode implicar na perda do patrocinador máster para Bahia e uma série de clubes do futebol brasileiro.
Em entrevista ao programa Papo Catiguria, do Bar FC, o presidente tricolor Guilherme Bellintani respondeu a perguntas feitas por Dalmir Campos, colaborador do ecbahia.com.
Questionado sobre a possibilidade de perder o patrocínio da Caixa em 2019, o mandatário do Esquadrão garantiu ver com tranquilidade e que já busca formas de prevenir o clube de ficar com esta lacuna em seu orçamento.
“Lógico que a gente perde até R$ 6 milhões se a gente não conseguir repor o patrocínio, mas os nossos adversários também perdem. Digo que, em uma guerra em que cada um perde um soldado, iguala. Como nós temos patrocínio menor do que grande parte dos nossos adversários, diria que saímos em vantagem. (…) Poucos não são patrocinados pela Caixa e alguns que não são, são porque não tiveram a certidão negativa de débito”, disse o presidente.
“Na prática, é ruim para a gente, mas ruim para todo mundo. Vai colocar em ação a habilidade de todos em lidar com esta perda. Este é o caminho. A gente vai precisar prever, e já estamos prevendo”, acrescentou.
Quanto ao evento Gestão em Campo, realizado para ouvir a opinião de torcedores na última segunda-feira (17), Bellintani explicou como é feito o plano de ação e algumas das sugestões que o clube recebeu.
“O plano de ação é um desenho que é a conversão da imagem de nosso plano para os três anos. Há 13 eixos, 31 projetos e 100 ações que se alocam entre eles. Isto é projeto de nossa campanha. Quando assumimos, montamos em um plano ação, que é pragmático, diz que precisamos atingir tais metas e está à disposição no site oficial do clube. O que a gente fez agora, foi revisar para o primeiro ano. Algumas coisas, substituímos por outras. Cerca de 20 cumprimos. Algumas outras estão andamento ou ainda não começamos. A gente concluiu esta revisão internamente para acompanhar prazos. Revisamos tudo, levamos ao evento Gestão em Campo, os torcedores acrescentaram ideias e agora acrescentaremos as ideias nas ações. Surgiu muita coisa boa”, explicou.
“Primeiro, temos que ter em conta que não somos os donos da verdade. Uma coisa que a gente já tinha lembrado, mas não estava em nosso foco, é o plano de sócios para família e um público jovem estudante em fim de escola e começo de universidade, ainda sem autonomia financeira, mas que não é mais criança. Esta galera se representou bem e disse que está faltando um produto para eles. Outra coisa, dentro do ambiente de inovação, que é um segmento que não avançamos, o aplicativo e coisas mais. Houve muitas sugestões deste tipo. Muitas ideias foram boas”, afirmou.
Perguntado sobre como enxerga o Bahia entre os principais clubes do Brasil, Bellintani garantiu ver o clube próximo do Santos e com a possibilidade de ultrapassar três grandes do Rio em curto prazo.
“(Sobre G-12) Os dois de Minas, os dois do Rio Grande do Sul, Palmeiras, Corinthians e São Paulo eu não discuto. Estão na nossa frente em orçamento, protagonismo, elenco, resultados… O Santos está em nossa frente somente pela divisão de base, tem uma torcida infinitamente menor do que a nossa, não tem um resultado de curto prazo significativo e é, em minha opinião, é um time que a gente poderia estar facilmente na frente se eles não tiveram uma divisão de base tão marcada. Sobre o Rio, eu prefiro estar onde o Bahia vai estar daqui a três anos do que onde estarão Vasco, Fluminense e Botafogo. Costumo dizer que o G-12 é um G-9”.
“Meu desafio, até o final de minha gestão, é ficar à frente deste segundo bloco e começar a entrar no primeiro. Isto significa um melhor orçamento, controle de dívidas e acerto na gestão de futebol que vão dar resultados. O Athletico Paranaense foi campeão da Sul-americana com as mesmas chances que a gente poderia ter sido.”, finalizou.
Assista ao Papo Catiguria com Guilherme Bellintani na íntegra:
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