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Itaú BBA: estudo aponta finanças do Bahia em ‘estado de alerta’

Notícia
Política
Publicada em 18 de setembro de 2018 às 11:30 por Victor de Freitas

Após passar por um período de reestruturação esportiva, financeira e de credibilidade, o Bahia tem conseguido bater recordes em termos financeiros nos últimos anos. Com valores recordes de orçamento, as receitas têm sido maiores, mas os gastos têm acompanhado.

Em uma análise feita pelo Itaú BBA com as finanças dos principais clubes do Brasil e divulgada pelo portal globoesporte.com, o Bahia foi um dos alvos de estudo. Foram analisados os dados divulgados pelo clube em relação ao período de 2017.

Com base nos dados apresentados no balanço final do ano passado, em comparação com outros anos, o estudo aponta um crescimento de valores no Bahia, tanto em receitas, gastos e em dívidas.

Em 2017, o Bahia alcançou cifras recordes no valor de R$ 105 milhões em receitas, valor bastante acima de 2015 e 2016, quando conseguiu R$ 89 milhões e R$ 81 milhões, respectivamente, em receitas.

O aumento nos valores recebidos no ano passado tiveram como maior destaque o aumento no valor pago pela Globo por direitos de TV (R$ 13 milhões a mais), além do crescimento nas receitas por sócio-torcedores e bilheteria (R$ 7 milhões a mais).

Porém, não entraram na análise as vendas de Jean e Juninho Capixaba, que entram no orçamento de 2018.

Junto com o aumento das receitas, os custos operacionais do futebol subiram de R$ 56 milhões para R$ 69 milhões, como consequência de ter voltado a disputa uma Série A, o que requer maiores investimentos para sobreviver dentro do campeonato. Mas, sob o ponto de vista financeiro, foi um dos motivos para o clube fechar o ano com déficit.

A dívida do clube também subiu de R$ 151 milhões para R$ 162 milhões.

A retomada de patrimônio dos dois centros de treinamentos (Fazendão e Cidade Tricolor) renderam altos custos para os cofres do Bahia. Para assumir o CT, o Clube pagou R$ 6,4 milhões em dinheiro e mais um pagamento de R$ 21,7 milhões em Transcons. Em termos financeiros, é colocado como gastos.

Porém, estes gastos devem ser tratados como investimento estrutural e uma futura fonte de renda, uma vez que o crescimento da dívida ocorreu justamente para permitir a concretização e transferência definitiva do patrimônio ao clube.

“O Bahia vinha de gestões equilibradas, mas em 2017 vimos uma mudança de tendência”, diz o estudo, que conclui a análise financeira do Bahia desta forma:

“Ainda não é preocupante, mas tem um sinal de alerta ligado”.

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Fonte: Dados: Itaú BBA / Arte: globoesporte.com

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Fonte: Dados: Itaú BBA / Arte: globoesporte.com

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