Após promover uma reformulação no quadro de funcionários, a diretoria do Bahia apresentou seu mais novo projeto para as divisões de base do clube. Chama-se Rede Nordeste de Jovens Atletas, projeto voltado para a formação de novos atletas e que conta com captação de talentos dentro e fora do território baiano.
Em apresentação no auditório do CT do Fazendão, nesta segunda-feira (26), o presidente Guilherme Bellintani e membros da diretoria tricolor explicaram as mudanças projetadas para acontecer na formação de atletas no Bahia. Apesar de se chamar Rede Nordeste, o projeto tem como objetivo ampliar os horizontes do clube na captação de atletas com potencial relevante em vários pontos estratégicos pelo país.
“Além do Nordeste, que é nosso alvo, Salvador, Bahia, a gente não pode fechar os olhos para regiões estratégicas do Brasil, e gente vai continuar expandindo os polos para outras regiões do Brasil. Mais quatro polos para 2020, totalizando mais ou menos 15 polos nos três anos de gestão. Quando você tem uma região como o Espírito Santo, por exemplo, que hoje não tem clubes em posição de destaque, isso nos parece uma oportunidade interessante de cravar a bandeira do Bahia no estado. Ou regiões do Rio de Janeiro pouco exploradas, o Espírito Santo próximo… Regiões fora do Nordeste que, estrategicamente, são interessantes para fixar novos polos e expandir a captação. Serão sete polos neste ano de 2018. Depois mais quatro novos em 2019 e quatro em 2020”, explicou o diretor de futebol, Diego Cerri.
Parceria com Vitória da Conquista e importância de polos de captaçáo no interior baiano
“A gente está conversando com vários clubes baianos e brasileiros. Clubes que já têm uma história de organização. É nossa referência principal. O clube sequer precisa ter trabalho de divisão de base. Isso, para a gente, não é condição. A condição é que o clube deve ter uma condição organizacional forte. O Vitória da Conquista é um desses clubes que a gente está conversando. Mas ainda há outros. A ideia é ter em cada grande polo econômico da Bahia um polo da divisão de base”, explicou Bellintani.
“Às vezes um atleta de Feira de Santana que, para participar da divisão de base do clube, precisaria vir a Salvador, ele passa a não precisar mais vir a Salvador. Ele vai no polo regional e, a partir daquele momento, faz todo o processo de seleção. Eventualmente passando no primeiro filtro, ele fica até um segundo filtro, que vai gerar uma observação mais longa daquele atleta até que seja definitivamente inserido na divisão de base”, acrescentou o presidente.
Tempo de jogo para todos os atletas na base
“A gente está visando por categorias de base enxutas, sem um número grande de atletas, priorizando qualidade e não quantidade e priorizando aprendizado e disposição em treinos e competições, de maneira satisfatória. Você não pode ter um atleta o ano todo aqui e, no fim do ano, ele atuou em duas ou três partidas amistosas, e faz uma avaliação final e fala: “Poxa, ele não tem o nível para continuar aqui”. Aí algo está erado. A entrada dele e, mais ainda, o subaproveitamento em competições e jogos para avaliar. Isso a gente quer evitar”, afirmou Diego Cerri.
Educação dos garotos no CT
“Eu não acho nem que estava certo ou errado, mas, claramente, estava aquém do que a gente entende como adequado. Diria que o Bahia obedece há muito tempo o que está na lei, de que todo atleta deve estar matriculado em uma escola. O que a gente acha é que isso não é suficiente. Apenas a presença ou ausência de um atleta em determinado frequência escolar não é suficiente. A gente quer ir além disso, e um dos elementos mais significativas do nosso projeto é a formação humano. E, por isso, a gente traz profissionais para trabalhar nessa área, a gente quantifica as nossas metas de formação extraclasse, formação com a escola. É só um exemplo. A escola nunca esteve no centro de treinamento. Os atletas vão à escola, mas o professor, os colegas daquele jovem não sabem exatamente como é a realidade dele. Isso é uma das coisas que a gente quer promover, uma integração entre a escola e o centro de treinamento”, disse Bellintani.
Já as comissões técnicas das três principais categorias de base do clube estão formadas desta maneira
Coordenação de base: Marcelo Lima
Sub-20:
Técnico: Pablo Fernandez
Preparador físico: Ângelo Alves
Sub-17:
Técnico: Thiago Santa Bárbara
Preparador físico: Cristian de Oliveira Medeiros
Sub-15:
Técnico: Rafael Alan Rodrigues Lopes
Preparador físico: Alberto Braz
DADE: Henrique Bruno e Bruno Dória se juntam a Marcelo Oliveira.
Preparação de goleiros: Jean Fernandes e Bernardo Dias
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