Após a derrota vergonhosa contra o primeiro time minimamente qualificado que enfrentou em 2017, o treinador Guto Ferreira e seus comandados buscaram na velha cartilha de discursos prontos os clichês usados sempre que o Bahia mata seu torcedor de raiva dentro de campo.
Principal alvo de críticas da torcida desde o ano passado, Guto Ferreira é conhecido por seu esquema previsível, substituições idem e desculpas mirabolantes para justificar suas decisões, como a opção por Lucas Fonseca em detrimento do garoto Éder para compor a zaga ao lado de Thiago.
Principais nomes do elenco desde o ano passado e donos dos salários mais altos do elenco, Hernane e Cajá foram tão utéis em campo quanto a bandeirinha de corner. O primeiro ao menos teve coragem de admitir que seu setor não cumpriu sua obrigação nesta noite de quarta. O segundo vem mantendo a regularidade do ano passado: desempenhos abaixo da média e sem ser decisivo desde a partida contra o Sampaio Corrêa pela Série B 2016.
Mas esse não é o primeiro vexame do Bahia na Copa do Brasil. Na verdade, o clube não consegue passar da terceira fase há 5 anos, quando eliminou a Portuguesa-SP. Na fase seguinte caiu diante do Grêmio-RS.
De lá para cá, Luverdense, Corinthians, Paysandu, América-MG e Paraná Clube “ajudaram” o Bahia a “focar no principal objetivo do ano”. Essa última frase é mais uma tirada da velha cartilha de desculpas. É usada à exaustão a cada vexame dentro de campo e nessa década vexame é o que não tem faltado ao Bahia nas diversas Copas em que participa.
Sob a batuta dos Marcelos e mesmo de Schmidt, o torcedor viu o Bahia ser eliminado da primeira fase da Copa do Nordeste três vezes (2010, 2013 e 2014), perder um título praticamente em casa em 2015 e levar uma virada vergonhosa do Santa Cruz na última edição.
Na Sul-Americana, cuja participação foi comemorada efusivamente pelas diretorias do clube, a sina é pior. Duas derrotas para o São Paulo em 2012 pela primeira fase; queda nos pênaltis contra o Atlético Nacional-COL na segunda fase em 2013; outra derrota nos pênaltis em 2014 contra o Cesar Vallejo-PER. Em 2015 a coisa foi pior, o time de Sérgio Soares foi goleado pelo Sport na partida de volta da primeira fase.
Em comum em todos esses casos, queixas contra arbitragem, choro por gols perdidos e a ladainha digna de livro de auto-ajuda. As diretorias não aprendem, os jogadores não mudam a postura e, acima de tudo, o torcedor segue passando raiva.
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