Doriva reconhece dificuldade e diz que foi reflexo da eliminação

Classificado para as finais do Campeonato Baiano, o técnico Doriva admitiu que o triunfo por 2 a 1 sobre o Fluminense de Feira, nesta quarta-feira, na Fonte Nova, foi difícil. Mas, contrário do que avaliou a imprensa e parte da torcida, o treinador disse que o time não jogou “tão mal”.

Segundo Doriva, o time ainda estava abalado pela derrota para o Santa Cruz, pelo Nordestão, e também produziu pouco devido à falta de experiência dos atletas e pouca confiança pós eliminação.

Fonte: Will Vieira/ecbahia.com

“Primeiro que eu não acho que a gente jogou tão mal assim. A gente estava jogando contra uma equipe que estava com a desvantagem de dois gols e precisava vencer. A equipe não foi tão criativa. Criou algumas chances e no segundo tempo fez os gols que nos deu a vitória. No agregado ganhamos de 4 a 1. Lógico que termos perdido uma eliminatória, nosso torcedor estava muito empolgado, o jogador perde um pouco a confiança. Isso é natural, quem está no futebol sabe disso. Até porque não temos uma equipe tão experiente. Temos muito jovens”, falou Doriva.

Doriva criticou a vaia e os pedidos de contratações da torcida durante a partida, principalmente na primeira etapa quando o time errou bastante. Para o técnico, o torcedor está frustrado, assim com o elenco, pela eliminação no torneio regional no último domingo.

“A função do torcedor é torcer. A gente sabe que o torcedor do Bahia é apaixonado. Ele está frustrado principalmente com este último resultado. A expectativa era o Bahia na final das duas competições. É natural que alguns torcedores venham para criticar e entendemos este lado. Mas a gente prefere o torcedor que apoia. O torcedor foi brilhante no jogo contra o Santa Cruz, terminou o jogo cantando. É um torcedor maravilhoso, que a gente quer ver. Eu tenho certeza que ele vai nos apoiar. Temos uma final pela frente”, declarou.

Confira outros assuntos da entrevista:

PAULO ROBERTO X FEIJÃO

Uma escolha que fiz momentânea. O Paulo vinha jogando, o Feijão vinha jogando e o Danilo entrou bem né. Ele fez um segundo tempo contra o Fluminense, depois fez um bom jogo contra o Santa Cruz. Eu tinha que optar e optei pelo Paulo. Ele é um jogador experiente. Não que o Feijão não estava bem, é uma opção. Futebol é assim, quando se tem várias opções quem tem que decidir é o treinador. Eu decidi e acho que foi dentro da minha coerência.

DIFICULDADES NA PARTIDA

A equipe adversária precisava vencer, estava motivado e a gente sabe que quando se joga contra o Bahia num Campeonato Baiano é o jogo da vida. E se você está com uma equipe que está num momento que confiança não está tão alta pelo fato de ter perdido é natural que tenha um pouco de dificuldade. É neste momento que precisamos da ajuda do torcedor. Ele tem que ajudar, encorajar. Ninguém entra em campo querendo errar, isso não existe.

THIAGO RIBEIRO

Eu não acho que ele ficou devendo, em primeiro lugar. Ele é um jogador inteligentíssimo. Não é um jogador que tem aquela intensidade, mas ocupa bem os espaços, tem raciocínio rápido e todas as possibilidades que ele tem de municiar os companheiros ele municia. E ele ainda está se entrosando com os atletas. Esse gol vai trazer ainda mais confiança para ele. É um atleta que pode alternar jogando na beirada, ou jogando por dentro. Ainda que ele não goste de jogar de costas, mas é um jogador que sabe utilizar aquele espaço e tem uma lucidez para usar os companheiros.

ADVERSÁRIO NA FINAL

Temos que estar preparados para enfrentar qualquer um dos dois. A gente sabe que em se tratando do nosso maior rival é outro tipo de jogo. É casa cheia, onde as pessoas se contagiam muito com a emoção. Com certeza pelo espetáculo isso é lindo e é lógico acredito que a Juazeirense também tem essa ambição de ir para a final. Então vamos esperar, não podemos ainda fazer nenhuma análise, pois não sabemos o nosso adversário.