Mano Menezes foi desligado do comando técnico do Bahia logo após a derrota por 4 a 3 para o Flamengo, no domingo (20), em partida que ficou marcada pela acusação pelo caso envolvendo Gerson, Índio Ramírez e o próprio ex-treinador tricolor.
A troca de treinador foi decidida pelo presidente Guilherme Bellintani assim que a partida foi finalizada no Maracanã, em uma conversa entre o dirigente e Mano Menezes.
Em entrevista ao canal GloboNews, o presidente do Esquadrão garante que a demissão não foi motivada pela polêmica pela qual o treinador se envolveu na beira do gramado.
A saída de Mano Menezes, segundo Bellintani, aconteceu por conta dos maus resultados da equipe em campo.
“Não. Quando conversei com Mano sobre o desligamento dele não tinha as informações do jogo. Eu assisti ao jogo no camarote muito distante no Maracanã. Na hora que desci para o vestiário encontrei Mano no corredor, conversamos sobre o desligamento dele como fruto dos maus resultados. É importante que se diga que eu não tinha conhecimento dos fatos, seja na súmula ou imprensa. Naturalmente, não quero ficar medindo como seria nossa atitude se eu soubesse antes da conversa, mas, naturalmente, a conversa não teve vínculo com o que aconteceu na beira do campo”, afirmou o dirigente do Bahia.
Bellintani também afirma que mesmo que a saída não tenha sido motivada pelo caso ocorrido no Maracanã, a postura de Mano não condiz com o que o clube pensa.
“O fato da demissão não ter sido originária pelo que aconteceu dentro de campo, não quer dizer que a gente entenda que o que aconteceu está de acordo com o que o Bahia pensa. Vejo como mais um fato do futebol. A diferença é que foi explicitado, colocado e discutido. Eu abro um parêntese para dizer que, apesar da força que a gente dá para a voz da vítima, que é preponderante, eu também tenho ouvido meu jogador, que nega ter falado. Tenho que dar o direito do contraditório e ampla defesa. Temos que ter esse cuidado para não fazer juízo de valor definitivo. Vejo que o que aconteceu no domingo foi um episódio de racismo que é tão comum no futebol e sociedade. Estamos em apuração, afastamento o jogador por precaução até para protegê-lo e ter uma apuração mais neutra possível. E eu tenho que dar direito ao contraditório ao meu jogador. Mas, nesses casos, a gente entende que a voz da vítima é muito relevante e deve ser considerada de forma significativa. O Bahia vem de um processo de aprendizagem de mais de três anos”.
Mano Menezes permaneceu no Bahia de setembro a dezembro.
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