Nós do ecbahia.com, como parte importante deste processo democrático, convidamos os 10 grupos que estarão concorrendo às vagas do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia no dia 12 de dezembro de 2020.
A chapa entrevistada do dia é a Mais um, Bahêa!, com o candidato ao Conselho Deliberativo, Neilan Mendes, como representante.
Assista à entrevista completa através do vídeo acima. Abaixo, confira alguns trechos do bate-papo:
Origem e atuação do grupo
O Mais um, Bahêa! nasceu da reunião de um grupo de torcedores apaixonados que tinham o Bahia como um elo e eram advogados. Todos se juntaram na época. O Abílio Freire, que é o nosso presidente, foi o grande idealizador. A coisa cresceu muito rapidamente e tomou proporções enormes. Temos mais de dez grupos de Whatsapp e mais de 40 mil seguidores nas redes sociais. Foi uma avalanche de pessoas e isso cresce a cada dia que passa, principalmente porque não existe exclusão em nosso grupo. Somente agregar. E assim foi crescendo o MUB. O mais interessante de tudo isso é que nesse período de 2014 a 2020, começamos a entender a necessidade de a gente estar mais próximo do nosso clube, de estar mais próximo a tudo que pudermos ajudar. Tivemos candidato à presidência do Bahia (Abílio Freire) em 2017 e sete cadeiras no Conselho Deliberativo.
Apoio à chapa de Guilherme Bellintani
“Em 2016, começamos a pensar em como poderíamos ajudar mais o nosso clube, levando a voz da arquibancada para dentro da instituição Esporte Clube Bahia. Entre 2015 e 2016, Abílio Freire entrou de cabeça para se profissionalizar ainda mais na questão do futebol para entender como ajudar o clube. Naquele momento, já havíamos um plano de gestão e fomos para a eleição. Mas, Guilherme Bellintani foi eleito. No dia em que Bellintani foi eleito, fizemos uma reunião e determinamos que a partir daquele momento todos nós não seríamos mais presidente A ou B, mas sim Bahia. E o que for importante para o clube, iríamos apoiar, independentemente de onde vier. E assim começamos a trilhar”.
“Quanto a apoio, decidimos desde há algum tempo atrás, antes até mesmo de lançarem chapas, antes até mesmo de o momento ruim que o Bahia enfrenta em campo, não tão ruim, mas que pode melhorar. A gente já havia decidido que esta diretoria que está aí hoje está disposta a crescer e isso já foi falado em reunião conosco. Nos falaram que estavam dispostos a crescer. É isso que queremos. Vamos aprender com os erros, todos nós podemos errar. Muitas das coisas que foram feitas, nós também faríamos. Não posso chegar aqui e falar que faria tudo diferente. Usamos nosso plano de gestão, propusemos muitas coisas. Partes das coisas caminharam de forma positiva e outras poderiam ter tido outros desfechos. Mas, a gente apoia esta Diretoria Executiva porque a gente entende que eles podem aprender com os erros e que os acertos não foram poucos. Tivemos muitas coisas positivas, que colocaram nosso clube no trilho da melhora que a gente espera”.
Erros e acertos da atual gestão
“Nós, como somos pró-Bahia, entendemos que algumas coisas feitas merecem destaque. Os planos De Bermuda e Camiseta e Bahia da Massa foram coisas que trouxeram gente que não tinham condições de ser sócios. São planos fantásticos que levaram essas pessoas para dentro do clube. A manutenção dos valores especiais para quem mora mais distante foi algo positivo. E o time de transição que foi muito importante. Essa ideia precisa ser mantida. Hoje, com pandemia e tudo, temos 20 mil sócios que podem votar e já tivemos mais de 40 mil sócios. O futebol feminino foi trazido para dentro do clube. Esse time hoje é uma realidade e é um grande acerto da diretoria, que nós do MUB tivemos oportunidade de ajudar. A Universidade Tricolor também é uma realidade. (…) O trabalho social feito na base, presença de ídolos na comissão da base, regulamentação das embaixadas…”.
“Em relação aos erros, tivemos a oportunidade de fazer algumas coisas que não fizemos e isso não pode passar nos próximos três anos. Acho que tivemos demora para trocar treinadores. Em 2019, bancamos a permanência de um técnico (Roger Machado) após um segundo turno para esquecer. Acredito que as grandes empresas precisam mudar algumas peças em seu elenco para manter novas ideias e não ficar na mesmice. Acho que faltou ao Bahia algo nesse sentido. Bellintani organizou algumas áreas, tirando alguns gerentes, e eu falei para ele que, a partir do momento que essas áreas estavam organizadas, deveria colocar profissionais especializados. Essas coisas poderiam ser melhoras. Junto a isso, a gente poderia ter melhorado a questão do acesso ao estádio. Não só o estádio, mas outras coisas. Não é todo mundo que tem condições de comprar um salgado por R$ 7 ou comprar uma água no preço que está”.
Papel do Conselho Deliberativo
“O Conselho Deliberativo não é um diploma que se recebe para dizer que fez parte. Conselho é trabalho, é obrigação, é para suar e não é remunerado. Você vai trabalhar. Vai chegar em reunião que começa 18h e vai terminar 24h. Se quem está querendo ser conselheiro e não está disposto a fazer isso, coloque outra pessoa. Você tem que coletar opiniões. Precisa saber o que as pessoas que votaram querem de você. Os grupos precisam divulgar as assembleias e reuniões a todas as pessoas. Os torcedores precisam saber o que é o Conselho Deliberativo. Hoje muita gente chega para nós e fala: ‘como você deixa contratar um jogador daquele?’ Não é nosso papel como conselheiro. O Conselho é uma ferramenta na mão do sócio que vai chegar para o Bahia e falar que precisa ser da forma como acredita. Não deixem de entender o papel do Conselho. Entendo que temos que trabalhar muito nas comissões, fora das comissões, mas temos que trabalhar muito”.
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