Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Dimitri deu seus primeiros passos para o futebol com a camisa do Bahia e realizou toda sua formação de base entre Fazendão e Cidade Tricolor. Apesar de ter surgido com potencial na categoria sub-15, o meio-campista não alcançou o nível exigido para ganhar chances no grupo principal.
Após a confirmação da saída amigável do jovem de 20 anos, que fechou com o Corinthians, o presidente Guilherme Bellintani explicou o que motivou o clube a liberar um jogador formado no clube sem custos.
Segundo o dirigente tricolor, o principal motivo para a rescisão contratual com Dimitri foi o quesito técnico. Bellintani diz que nenhum dos últimos treinadores que trabalharam com o meia identificaram nele potencial para agregar qualidade aos profissionais.
E isso inclui Dado Cavalcanti, técnico que dirigiu a equipe sub-23 do Esquadrão durante 2019 a 2020 e não deu chances ao meia que agora deixa o clube.
“É um menino que veio de uma trajetória com convocação para seleção de base em 2015. Um menino que vinha sendo identificado como jogador com potencial para que em algum momento pudesse compor o nosso time principal. Mas de 2015 para cá Dimitri não conseguiu, de fato, (dar sequência). Especialmente quando eu pude acompanhar, a partir de 2018”, diz Bellintani.
“É um bom menino, com bom comportamento, muito dedicado ao clube. Mas em 2018 ele trabalhou com Pablo Fernandez, não conseguiu se firmar como titular do sub-20. Em 2019, trabalhou no sub-23 com Claudio Prates, foi relacionado, mas praticamente não atuou. Atuou somente em um jogo e depois sequer seguiu sendo relacionado. Voltou para o sub-20, com Pablo, e novamente ficou na reserva. Em 2020, atuou com Dado, compôs o elenco do sub-23, mas também não estava sendo relacionado, nem indo para o banco. Depois com Carlos Amadeu, de volta para o sub-20, também no pouco tempo não escolheu entre os titulares”.
O presidente tricolor também explica que o contrato com o atleta estava se encerrando no fim do ano e que dificilmente haveria uma proposta para renovação. Desta forma, o clube liberou de maneira gratuita quatro meses antes do fim do vínculo.
“Infelizmente, com o contrato dele acabando no final do ano a vida é feita de escolhas. Os empresários dele nos procuraram, se poderiam buscar um novo caminho para ele antes mesmo de o contrato acabar e a gente falou que sim, que entendia que era o melhor para ele e o clube. E se possível preservar uma parte dos direitos econômicos, para que se ele conseguir performar em outro clube a gente conseguir ficar com 30%. A gente torce por ele. Que Dimitri possa recuperar o repertório de 2015, no sub-15. Mas infelizmente de lá para cá trabalhou com quatro treinadores diferentes nos últimos três anos e com nenhum deles conseguiu se firmar”.
Por fim, Bellintani também explica que a saída de jovens atletas do clube é comum, uma vez que nem todos os jogadores que saem das divisões de base conseguem atingir o nível desejado e exigido para a equipe principal. Por isso, apenas os melhores devem ser premiados com um novo contrato ou promoção ao profissional.
“A gente entende que precisa premiar quem performou melhor. Não cabe todo mundo no elenco do Bahia. A gente não consegue ter uma quantidade de jogadores com 20, 21 anos tão grande. E a gente precisa escolher entre os que tiveram melhor performance”, finalizou.
Dentre os jogadores que subiram ao time principal em 2020, apenas Saldanha conseguiu firmar lugar entre as principais opções de Roger Machado, até o momento.
Outro jovem que era do time sub-23 e que tem conquistado espaço é Alesson. Porém, o meia-atacante de 21 anos não fez base no clube.
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