Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Atlético Mineiro deve iniciar o Campeonato Brasileiro com pelo menos -3 pontos na classificação. Ao menos, é essa a projeção que o próprio clube faz por conta de uma dívida de 2014.
Segundo o presidente atleticano, Sérgio Sette Câmara, a situação é considerada como desesperadora. O Galo possui um débito de R$ 13 milhões junto à Udinese, clube que vendeu o meio-campista Maicosuel há seis anos.
“Eu não tenho perspectiva de fazer o pagamento na segunda-feira (hoje). Se eu não fizer, o Atlético vai tomar três pontos na cabeça. Não sei te dizer direito quais os desdobramentos, mas tenho a impressão de que (além de tirarem três pontos), eles fixam um novo prazo, uma nova penalidade esportiva, que eu não sei te dizer qual é, se é outra perda de pontos ou já é rebaixamento. É desesperador, porque me pegou no pior momento, no meio do coronavírus, não tem receita, não tem futebol”, diz o presidente do Galo, ao blog do Perrone.
O tempo passou, o Galo não efetuou o pagamento como previsto e os italianos acionaram a FIFA. A condenação pela perda de pontos deve ser feita pela entidade.
“A Fifa foi muito insensível. Num tempo de coronavírus, em que você tem contratos de trabalho sendo suspensos, contratos bancários sendo suspensos ou prorrogados (…) eu fiz uma proposta para a Fifa. Eu disse assim: olha, todas as dívidas que eu encontrei na minha gestão não eram minhas, e eu paguei. Estou pedindo um parcelamento. Não é cano, nem prazo, nem prorrogação, nem nada. Eu preciso de um parcelamento para poder pagar meus funcionários, mas não é o jogador, é o porteiro, o limpador da piscina”.
Dívidas do Bahia
Em entrevista no começo de abril (clique para ler), o presidente Guilherme Bellintani atualizou o panorama das dívidas do Bahia – quase todas elas contraídas durante gestões que deixaram o clube em um abismo antes do período democrático.
Segundo Bellintani, a atual dívida do clube chega a R$ 180 milhões, mas que tem caído cerca de 5% por ano.
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