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Bellintani detalha história e caminho até a presidência do Bahia

Notícia
Entrevista
Publicada em 16 de abril de 2020 às 15:28 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Em seu terceiro ano de gestão à frente do Bahia, Guilherme Bellintani aparece como um dos nomes representativos em negociações coletivas feitas pela Comissão Nacional de Clubes. Em uma entrevista ao UOL Esporte, o mandatário tricolor falou sobre sua história até chegar ao cargo mais alto do Tricolor.

Eleito em 2017 com mais de 81% dos votos dos sócios, Bellintani se destaca diante da mídia nacional. Constantemente é convidado para entrevistas em veículos importantes da imprensa nacional.

Na entrevista, o presidente do Esquadrão contou sobre seu início como torcedor do Bahia.

“O futebol, para mim, veio através do meu tio, irmão de minha mãe. Como meu pai morreu cedo e não gostava muito de futebol, eu fui um torcedor tardio no sentido infantil. Eu fui pela primeira vez na Fonte Nova em 86, tinha 8 anos, e aquilo para mim foi um encantamento. Fui com meu tio [Paulinho], que sempre foi um Bahia louco, doente.  Meu tio sempre foi louco por futebol e foi quem me fez Bahia, me apresentou a cultura do estádio, e veio de um jeito que não saiu mais”.

“Funcionava também como símbolo de libertação. A primeira vez que eu peguei um ônibus na minha vida foi para ir ao estádio, então, era um sinal de muita autonomia. A Fonte Nova sempre foi muito sagrada nos meus momentos comigo e com meus amigos, um sinal de libertação. E de entender o povo, onde todo mundo se unia, onde as pessoas mais diferentes possíveis eram iguais. Então, a Fonte Nova, principalmente a antiga, tinha muito isso, de igualar as pessoas que não eram iguais fora dali”.

Vida acadêmica e profissional com atuação na prefeitura de Salvador

“Sempre fui muito ativo na escola, participei de grêmio estudantil, de gincana, e sempre fui muito envolvido e interessado nas coisas que estavam fora da sala de aula. Depois, fiz faculdade de Direito e a de Jornalismo paralelamente… Não me formei em Jornalismo, me formei em Direito… Quando entrei no Mestrado, em educação, na Universidade Federal, eu tinha que trancar a graduação, e acabei não concluindo a Faculdade de Comunicação”

“Fiz mestrado em Educação e doutorado em Desenvolvimento Urbano. Gosto muito da atividade docente, mas há 10 anos estou fora das salas de aula, justamente por causa dos compromissos profissionais”.

“Montei minha primeira empresa quando estava na faculdade ainda, um curso preparatório para concurso, e de lá pra cá desenvolvi atividade empresarial por 15 anos. Depois, fui por cinco anos secretário municipal de Cultura e Turismo, depois secretário de Educação, depois secretário de Desenvolvimento Urbano, fiquei cinco anos na atividade da gestão pública, e aí fui eleito presidente do Bahia”.

Busca por desafios

“Mas o círculo de amizades, as relações familiares, a força dos nossos vínculos, fez com que todo mundo saísse vivo dessa história, depois da morte do meu pai”, conta. “E a minha inquietude… Eu sempre fui um cara que leu muito, sempre fui muito interessado nas coisas e sou muito desassossegado… Gosto dos ambientes mais tumultuados, dos desafios, das loucuras… Quando tem muita maresia, eu fico vendo que tem alguma coisa erada”.

Protagonista no futebol nacional

Representante da Comissão Nacional de Clubes, Bellintani tem voz ativa durante reuniões que envolvem todos os outros presidentes das Séries A e B, como por exemplo nas negociações pela venda de direitos internacionais do Campeonato Brasileiro.

Além disso, o presidente tricolor ganha destaque por conta da atuação do Bahia extracampo. Ações sociais, engajamento em questões como racismo, LGBT, demarcação de terras indígenas, busca pelo fim da violência nos estádios e tratamento das mulheres nos estádios são alguns dos assuntos que balançam a mídia nacional sempre que uma nova campanha é lançada.

A participação do clube nessas questões fez com que o jornal The Guardian, da Inglaterra, lançasse uma reportagem especial sobre as ações feitas pelo Bahia.

 

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