Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Em uma partida marcada por tensão e provocações dentro e fora de campo, o Bahia conseguiu vencer o Grêmio por 3 a 1 e se manteve firme na luta pela permanência na primeira divisão.
Em sua entrevista após o triunfo na Fonte Nova, diante de mais de 30 mil tricolores, o técnico Guto Ferreira respondeu a perguntas feitas pela imprensa e uma delas foi a respeito das declarações de dirigentes gremistas antes do jogo.
Segundo o treinador tricolor, as provocações feitas por presidente e vice-presidente do Grêmio aumentaram a movimentação da equipe para buscar o triunfo dentro de campo.
“A necessidade e o profissionalismo da equipe que fez o resultado. A partir daí, a boca fala o que quer. Se o cara quer dar combustível pra gente… Ninguém gosta de ser colocado para baixo verbalmente. Falou mal da nossa torcida. Mexeu em coisas que só nos motivou, com certeza. A cereja do bolo foi dada por eles. Foi gasolina para nós. Que bom que eles jogaram para nós”.
O técnico também fez uma avaliação minuciosa sobre a atuação tricolor dentro de campo, sobretudo após os dois gols no início da partida, quando houve mudanças táticas por parte dos dois lados.
“Houve uma mudança tática a partir do nosso segundo gol. Eles sacam o Bobsin. Era uma equipe mais postada. Por ele não ter os jogadores 100%, ele tenha montado a estratégia de colocar no decorrer, tipo Douglas Costa, Campaz… Só que a emergência de 2 a 0 ele bota o Campaz. A nossa equipe estava estruturada e tomando conta. Ele consegue empurrar mais a nossa equipe porque, com o 2 a 0, tinha que se defender para não tomar gol e atacar. A gente acabou sem saída no primeiro tempo. No segundo tempo a gente volta diferente e eles voltam ainda mais diferentes, com o lado direito totalmente novo, com Douglas e Rafinha”.
Para Guto Ferreira, as alterações feitas no segundo tempo mantiveram o nível de atuação do Bahia.
“Nos comportamos bem, mas tivemos decréscimo de situação física. E aí, com a entrada de Ronaldo, Daniel e Rodallega, tivemos jogadores descansados para fazer saída. Nosso time voltou a crescer. Tomamos o gol, mas a partir dali, agredimos mais e chegamos. Fizemos várias ações, uma delas por detalhe que não validou o gol. É próprio do que a gente tinha montado para agredir o Grêmio. A partir da entrada do Daniel, Rodallega e Ronaldo, passamos a ter saída forte. Fizemos o terceiro gol, fechamos totalmente a equipe e o Rodallega lá na frente. Isso fez com que o Grêmio não conseguisse entrar e tivemos campo para explorar os contra-ataques e terminar com esse grande triunfo”.
Era hora de recuar no segundo tempo?
“Não tem hora de recuar e nem hora de atacar. Temos que ter equilíbrio e fazer a leitura de acordo com o que o adversário está impondo e que de maneira podemos controlar o resultado, sem ter ônus, e foi o que nosso time fez. Em determinado momento, erramos e tomamos o gol, mas parou nisso aí. As outras bolas foram controladas e tivemos forças. Elas arriscaram tudo e nós matamos o jogo”.
Jogo contra o Atlético Goianiense
“Vamos jogar contra uma equipe que, por questões de transporte, não fará o jogo que fariam. Seremos nós viajando, jogando desgastados contra eles que não jogaram, mas não é hora de chorar. É hora de se superar e vamos nos superar. Temos quatro jogos para buscar pelo menos seis pontos e é isso que precisamos. Vamos fazer nosso melhor, entregar o máximo e buscar mais um triunfo lá.
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