Com o tradicional ‘Sobe e Desce’, o ecbahia.com analisa quais pessoas, (jogadores, comissão técnica, dirigentes), situações, resultados e ações foram destaque na semana anterior, seja de maneira positiva ou negativa.
Sobe: Hebert Conceição
Em uma semana marcada por mau futebol do Bahia, o ponto positivo foi a chegada do pugilista e campeão olímpico ao clube. Em uma ação necessária, o clube contratou o medalhista de ouro para vestir a camisa tricolor como garoto-propaganda e embaixador.
Hebert Conceição tem 23 anos, foi nascido e criado em Salvador, vestindo a camisa do Bahia desde a infância. Mesmo depois da fama, não perdeu, em nenhuma hipótese, sua raiz tricolor, indo ao estádio para empurrar o Esquadrão da mesma forma.
Ser contratado pelo clube do coração é um sonho realizado para o boxeador. Sua chegada ao clube trará mais visibilidade às ações que forem lançadas pelo Bahia, bem como será uma enorme vitrine para ele também.
A chegada de Hebert Conceição, aliada às ações que visam fortalecer as raízes africanas do clube e do estado ao clube pertence, são necessárias e nada possuem relação com os resultados dentro de campo.
Campanhas publicitárias e, principalmente, a chegada de um grande tricolor ao clube, melhoram e nem pioram a qualidade dos jogadores dentro das quatro linhas. É necessário conseguir fazer essa separação.
Nem só de chute na bola vive um clube de futebol. Além do mais, o Bahia é um Esporte Clube. E por esporte, também falamos sobre responsabilidade social.
Desce: falta de reação em momentos de adversidade
O problema do time do Bahia é o time do Bahia e, claro, os responsáveis pela sua montagem. Após algumas rodadas sem perder, com empates na maioria das partidas, o Esquadrão está novamente afundado na zona de rebaixamento.
Com a proximidade do fim do campeonato, alguns problemas já conhecidos na era Dado e na era Dabove voltam a acontecer agora com Guto Ferreira. Não são coincidências.
Em campo, os jogadores voltam a cometer as mesmas falhas, com um futebol pragmático, sem variações e sem conseguir reagir a times bem fechados.
Guto Ferreira, de fato, conseguiu fazer a equipe evoluir e jogar ao seu estilo em poucas semanas. Porém, o Bahia hoje é um time pragmático.
Todo mundo já sabe que o Bahia vai tentar fazer jogadas de linha de fundo com Raí e Nino, pela direita, e com Capixaba e Matheus Bahia pela esquerda. Gilberto ou Rodallega, seja quem for, atuando sem mais nenhum companheiro perto da grande área viram presas fáceis para a zaga.
No meio-campo, Patrick, Mugni e Daniel, juntos, pouco criam. Ou melhor, nada criam.
Somando as atuações contra Sport e Cuiabá, futebol jogado pelo Bahia foi deprimente. Nas duas partidas, o Tricolor viu defesas postadas e prontas para combater exatamente os dois extremos do campo e dificultar a ação dos centroavantes. Não à toa, foram vários cruzamentos na área e poucos resultaram em finalizações.
Diante de adversários fechados, que sabem como marcar o Bahia, a equipe tricolor passa a não conseguir reagir nas partidas. Ou então, só consegue quando já é tarde demais. Contra o Cuiabá, só pressionou nos acréscimos.
O Bahia necessita de variações táticas e de jogadores que mudem a cara da equipe.
Porém, o que também precisa ser levado em consideração é que, sem jogadores à altura, a comissão técnica muitas vezes fica de mãos atadas e o que resta é a repetição.
O problema do Bahia na zona de rebaixamento não foi criado contra o Cuiabá e nem contra o Sport, mas sim ao longo de todo o ano, pela forma como a temporada foi conduzida.
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