Com o tradicional ‘Sobe e Desce’, o ecbahia.com analisa quais pessoas, (jogadores, comissão técnica, dirigentes), situações, resultados e ações foram destaque na semana anterior, seja de maneira positiva ou negativa.
Sobe: o efeito Guto Ferreira
Guto está de volta. E com ele, a esperança de recuperação na sequência do Brasileirão. A escolha pelo treinador tem sido afirmada como uma forma de correção de uma escolha errada anteriormente. E de fato é. Mas, não seria tão difícil encontrar um nome melhor do que Dabove no mercado. Convenhamos.
Com Guto Ferreira no comando, a certeza é de um técnico que sabe exatamente o tamanho do Bahia e o que é necessário para livrar a equipe do Z-4. Independentemente do que ocorra, dificilmente o trabalho que será feito pelo técnico, até dezembro, será inferior ao de qualquer outro nome relevante no cenário nacional que assumisse nesse momento.
Em dois dias de trabalho, o treinador possui méritos por levantar os níveis anímicos do grupo. Ou seja, aumentar a motivação de uma equipe totalmente abalada por resultados ruins.
Quanto ao padrão tático, foi um simples. Um time que primeiro busca se defender para depois atacar. Afirmando novamente, ele sabe o que é preciso para ganhar jogos com um time teoricamente inferior tecnicamente.
Contra o Palmeiras, o técnico terá seu primeiro grande desafio em casa no retorno do público aos estádios. E mais uma vez com pouco tempo para treinar. Uma evolução tática dificilmente será vista, mas a ideia de jogo apresentada contra o Athletico pode surtir efeito.
Desce: as incoerências no discurso pós-demissão
Cometer um erro gigantesco, sem ter tomado a devida precaução, e em seguida promover um grande discurso tentando explicar porque deu errado, quando apenas aconteceu o que era provável, não é mérito.
A contratação do técnico Diego Dabove, argentino e inexperiente como treinador, apenas quatro anos dirigindo times profissionais, se mostrou equivocada desde o princípio. Com um contrato longo, até 2022, ainda mais.
Foi uma aposta alta, em um momento inadequado, e que resultou no que já era esperado. Ele simplesmente fez uma pré-temporada dentro do Brasileirão porque é isso que se faz quando não se conhece um grupo de jogadores.
Foi lhe dado um contrato longo, mas foi explicado que a necessidade de resultado era literalmente imediata?
Após o anúncio da demissão do argentino, o presidente Guilherme Bellintani surgiu em diversas entrevistas elencando erros cometidos pelo profissional contratado por ele e seu departamento de futebol.
A principal justificativa era de que “há coisas que só são conhecidas quando vemos de perto”.
Mas, será mesmo que não dava para prever que o treinador não iria conhecer nada ou quase nada do elenco tricolor e do contexto no qual o clube se encontra? Houve uma entrevista com o profissional e mesmo assim não foi percebido?
Bellintani também discursou batendo na tecla de que ficou insatisfeito com os treinamentos e as ideias táticas do argentino. O mínimo que se deve saber no momento de contratar um profissional é ter ciência total do que ele irá fazer. Assim como existe agora, com Guto.
Ou será que foi um tiro no escuro no meio de uma Série A? São incoerências que, sinceramente, o público não terá respostas em um futuro próximo.
E não é só isso. A indelicadeza com que se tem falado sobre o treinador, com críticas contundentes feitas publicamente, mostra como o profissional era visto internamente.
Discreto, o argentino ainda não publicou a sua versão sobre o período no qual trabalhou pelo Bahia.
Mano Menezes teve uma passagem tão desastrosa quanto e não houve uma inquisição como aconteceu com Dabove. Porém, se trata de um grande nome no mercado. Reflitamos.
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