Dado fala sobre desfalques e quer time equilibrado na decisão

Fonte: Reprodução / Copa do Nordeste

Chegou a hora de decidir o título da Copa do Nordeste. Após perder por 1 a 0 no jogo de ida, o Esquadrão vai até o Castelão para buscar o triunfo fora de casa e ficar com a taça de campeão regional.

Na véspera da decisão, a organização da competição montou um estúdio onde dois representantes de cada time foram entrevistados. Pelo lado tricolor, Dado Cavalcanti e Rodriguinho.

Respondendo a perguntas da imprensa baiana, Dado garantiu que o histórico de jogos contra o Ceará não pesará em campo e que o time está focado em reverter o placar.

“Essa condição não entra em campo, não nos oferece nenhum tipo de desconforto, por entendermos que esse tipo de retrospecto é a médio e longo prazo. O que conta para a gente é o último jogo. Não conseguimos êxito, o Ceará saiu com vantagem, mas temos 90 minutos para reverter. Esse é nosso entendimento, é a conversa que temos internamente. Sabemos da dificuldade e qualidade do adversário, mas o título está em aberto”.

Desfalques e mudança de característica

Perguntado sobre os desfalques de Nino Paraíba, Luiz Otávio e Patrick de Lucca, Dado Cavalcanti afirmou que não busca substitutos para executar as mesmas funções, mas sim atletas que agreguem da forma que melhor sabem fazer.

Por essa razão, o treinador espera por mudança de característica em determinados momentos da partida.

“São três ausências. Costumo falar muito que os jogadores que entram não devem tentar substituir quem sai. Cada atleta tem sua característica, seu perfil e sua abordagem ao jogo. Serão três atletas diferentes do primeiro jogo. Da nossa composição, entendo que todos têm capacidade de fazer seu melhor, vamos, talvez, em algumas possibilidades descaracterizar um pouco o nosso modelo em relação ao jogo anterior, por questão de característica. Mas temos capacidade de suprir as ausências”.

“O Patrick é um primeiro volante, mas tem como característica a construção baixa. É um jogador extremamente lúcido, inteligente. Como citei anteriormente, não busco um substituto ao Patrick, porque provavelmente não encontrarei nem no Bahia e nem em outro lugar. Busco a adaptação que o outro atleta escolhido trará ao grupo. Mudará um pouco o desenho. A mesma coisa acontece com o Nino. Tem uma vitalidade e obviamente o que o Nino promovia de ataques à última linha do adversário, com o mesmo poder de recomposição de defesa, não posso cobrar do substituto do Nino essas variáveis. Vamos buscar as adaptações possíveis, para que a gente consiga com outras características o resultado”.

Busca por ofensividade, mas com cautela

O ecbahia.com perguntou a Dado se mandará um Bahia ofensivo para o Castelão. Ele afirmou que quer uma equipe agressiva ofensivamente, mas sem esquecer de defender de forma equilibrada.

“Essa talvez seja a estratégia natural do Bahia, da forma como o Bahia vem enfrentando seus adversários e fazendo seus jogos. É lógico que em um confronto como esse, nós temos uma margem de erro muito menor. É necessário ter a agressividade, a parte ofensiva mais aguçada, mas vencer um jogo significa fazer mais gols do que seu adversário. Não adianta só pensar no ataque e ficar desguarnecido defensivamente, ainda mais jogando contra uma equipe como o Ceará. Valoriza-se muito o sistema defensivo do Ceará, mas tem também peças importantes que podem resolver o jogo. É ter tranquilidade, manter nosso modelo, mas com as cautelas possíveis para que a gente possa fazer um jogo equilibrado sem perder a ofensividade”.

Como se sente antes da final?

“Estou bem, tranquilo, bem confiante. Estou dormindo bem por entender que tudo que tínhamos que ter feito, foi feito. Visualizo, sim, como excelente momento. Tive outros bons momentos na minha carreira, de confiança e conquistas, mas estou vivendo uma sintonia bacana com o Bahia. Nossa expectativa é de ter êxitos, porque é isso que nos deixa marcados em um clube”.

Após as perguntas dos jornalistas terem sido respondidas, cada técnico fez uma pergunta para o outro, em clima de descontração e com espírito esportivo.

Fonte: Reprodução / Copa do Nordeste