Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz iniciaram em janeiro o segundo mandato de três anos como presidente e vice-presidente do Esporte Clube Bahia, após uma eleição que houve apenas uma chapa como oposição aos cargos da Diretoria Executiva.
Primeira chapa reeleita na história da democracia tricolor, Bellintani e Ferraz receberam mais de 86% dos votos dos sócios aptos ao voto no mês de dezembro.
Vice-presidente durante a gestão de Marcelo Sant’Ana e diretor durante parte do primeiro mandato de Bellintani, o ex-dirigente Pedro Henriques avalia a reeleição da atual Diretoria Executiva como justa diante da fragilidade da oposição, em sua opinião.
Em entrevista ao jornal A Tarde, Pedro Henriques afirmou que a atual oposição trabalha na base da crítica, mas sem projeto consistente.
“O que muitos torcedores não entendem é que a oposição do Bahia nunca ocupou um espaço muito grande no clube. O que há são vários grupos políticos que são fortes. E nenhum grupo que apoiou Bellintani no primeiro mandato poderia lançar candidatura agora. Eles entendem que tiveram erros, mas que, no geral, Guilherme e Vitor fizeram um bom trabalho de reestruturação do clube. Até o grupo de Abílio Freire, que concorreu com Bellintani na última eleição, o apoiou nessa. O quadro mais alarmado pela torcida para fazer ‘oposição’ a Bellintani era Marcelo Sant’Ana. E Marcelo com certeza não lançaria candidatura para concorrer com a dele. Quanto a Lúcio Rios (grupo +Bahia), eu não o conheço pessoalmente, mas não o vejo como alguém que fez muito pelo Bahia para virar nome forte para concorrer à presidência. Ele estava lá nos grupos quando houve a intervenção, mas o que de fato ele propôs ao clube? A oposição trabalha muito na base da crítica, mas não tem projeto”.
O ex-dirigente do Esquadrão também avalia com preocupação o cenário político do Bahia para a eleição à Diretoria Executiva em 2023, afirmando que atualmente não há ninguém para assumir o posto de presidente.
“(…) Qual é o quadro que o Bahia tem para assumir após a gestão de Bellintani? Marcelo (Sant’Ana)? Eu? Difícil. Não tem ninguém, atualmente”.
Quanto a um possível retorno à vida política do Bahia, Pedro Henriques diz que atualmente não pensa nesta hipótese por estar focado em projetos pessoais.
Sobre a gestão de Guilherme Bellintani
“É uma gestão que pecou muito no futebol, e eles reconhecem isso. É uma gestão consciente do que está fazendo, que está lutando para melhorar o Bahia, mas que tomou alguns caminhos que eu discordo, e muita gente discorda, no futebol. Agora estamos aí nessa situação alarmante de possível queda para a Série B e, se o Bahia cair, o que eu espero que não aconteça, eles vão ter que contornar o problema e voltar com uma gestão mais voltada para a evolução do futebol, para que o Bahia possa voltar para a Série A o mais rápido possível”.
Possível prejuízo de R$ 60 milhões em caso de queda
“Caso caia para a Série B, o prejuízo financeiro pode chegar até a R$ 60 milhões. Perde, por exemplo, a cota televisiva. Claro, o clube deve negociar com a Globo, com a Turner, para tentar um acordo e diminuir esse prejuízo. Ainda assim, é uma situação difícil”.
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