Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia pode se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol neste sábado (3) em caso de aprovação por parte dos sócios que votarão nas duas assembleias.
Após a votação que determinará ou não a inclusão da Lei da SAF no Estatuto do Clube, haverá o julgamento da proposta do Grupo City, que dará a resposta final sobre a oferta do conglomerado árabe.
Caso seja confirmada a aprovação da proposta do City, o Bahia se dividirá entre SAF – que controlará o futebol, com 90% das ações pertencentes ao CFG – e associação civil Esporte Clube Bahia.
E um dos temas que ainda levam dúvidas é justamente sobre o que se trata, como viverá e o que fará a associação civil a partir da criação de uma SAF para a gestão do futebol do Esquadrão.
Na live feita através do canal TV Bahêa, o presidente Guilherme Bellintani detalhou como será a atuação da associação Esporte Clube Bahia a partir do dia 4 de dezembro e, principalmente, após o “closing”, que é o encerramento da transição para SAF.
Receitas da associação para cumprir suas funções
“A gente já prevê um valor mínimo a ser repassado de R$ 2,5 milhões anualmente para a associação, para que com isso ela tenha condições mínimas de pagar suas contas. No dia seguinte ao ‘closing’, a associação passa a ter vida própria e a ter necessidade de formular seus mecanismos de receitas”.
“A primeira fonte está no dinheiro que está previsto no contrato para que a SAF pague à associação. A SAF transfere por ano R$ 2,5 milhões para que a associação possa arcar com suas contas básicas, como advogado, contador, aluguel dos seus espaços, funcionar de forma legítima e honrosa, sem precisar ‘passar a panelinha’ para pedir dinheiro aqui ou ali. Ela funcionará de forma básica com R$ 200 mil por mês. É um dinheiro adequado para pagar contas, ter um corpo de funcionários que funcione bem, que dê honra à SAF, e mais ainda, e está previsto em contrato, que possa contratar uma consultoria que consiga acompanhar o contrato da SAF”.
Bellintani defende investimentos em esportes olímpicos
“Quando fizemos o contrato da nova associação, previmos um valor específico para remunerar uma consultoria que acompanhe o cumprimento do contrato pela SAF. Está incluso nos R$ 2,5 milhões por ano. Além disso, terá a mensalidade dos sócios. Por exemplo, eu não deixarei de ser sócio. Eu defendo que a associação deverá continuar realizando outras coisas, seja natação, corrida, boxe, apoiando outros esportes, e também se qualificando para acompanhar o cumprimento da SAF”.
Associação fará a fiscalização da SAF
“A associação terá um papel fundamental, porque ela fiscalizará o contrato. Além disso, ela é sócia de 10% da SAF e terá funções, um assento no Conselho Gestor. Eu vou continuar sócio da associação e espero que muita gente continue. O valor quem decidirá é o Conselho Deliberativo em janeiro para que quando houver o ‘closing’, o sócio decida se quer continuar só com a associação ou só com a SAF e o acesso garantido, com as duas ou sem nenhuma”.
Captação de patrocínios e convênios com órgãos públicos
“A terceira fonte de receita são eventos que a associação pode fazer, captar patrocínios para projetos de outros esportes, por exemplos. E uma quarta fonte de receita, que pode captar receita com prefeituras ou governo. Como exemplo hipotético, o Governo do Estado pode desenvolver um centro de natação e não tem quem cuide, então o Bahia pode se habilitar e receber um convênio do Estado para manutenção”.
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