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Coluna

Djalma Gomes
Publicada em 17/07/2016 às 12h28

Não saiu do lugar. E aí Ferreira?

"Precisamos de jogador que dê resposta ontem!". Assim Guto Ferreira se expressou para justificar esse momento desfavorável que vive o Bahia tecnicamente dentro de campo. Ele sabe que não é assim. Guto Ferreira tem de fazer como "dar resposta ontem" o que ele encontrou à sua disposição!

Esse jogador "que dê resposta ontem", onde encontrá-lo, Guto Ferreira? Luis Antonio era esperança para o Flamengo, depois foi negociado com o Sport e lá não foi nenhuma solução, será solução para o Bahia? Eduardo é reserva no Atlético do Paraná, João Paulo havia sido rebaixado às categorias de Base do São Paulo, e aí Guto?

-- Será que apostar no desconhecido se tornou uma filosofia administrativa capaz de levar o Bahia à Primeira Divisão?

Saiu Lomba que a torcida achava de má vontade no Tricolor e possivelmente virá Muriel - não sei se já houve acerto entre jogador e clube. É goleiro no mesmo nível de Lomba, não será um mau negócio caso se realize. Mas isso é tudo? Não existe efeito sem causa, é isso que precisa ser investigado.
 
Fico com a pulga atrás da orelha pelo fato do grupo tricolor ter passado 10 dias em Porto Seguro e Hernane reclamar da falta de companheirismo -- com justa e total razão após o empate sem gols contra o Sampaio Correa --, isto porque dentro de campo ninguém passa a bola para quem está melhor colocado para a finalização...

Vamos ser claros; falta comando nessa joça! O departamento técnico está pecando justo nesse quesito, pois, não é admissível que um treinador chegue para mudar alguma coisa no elenco, bem como na parte tática do time, e, entretanto, a coisa continuar no mesmo diapasão de antes -- dou o crédito tático pelo pouco tempo.

O elenco não é fraco, fraca está sendo a forma de comandá-lo. Fraca é a forma como se planeja a ascensão do clube à Primeira Divisão. Fraco são os critérios de avaliação dentro do Bahia com o próprio presidente declarando de público que vai contratar, além do técnico pedir isso, também, de forma pública.

Não é um modo bom de avaliar elenco e nem de dar tranquilidade para o grupo. Exceto três ou quatro jogadores  os demais se sentem com o pescoço na guilhotina.
 
Não é dispensar ou contratar simplesmente, é analisar as circunstâncias pelas quais um time que é tido e havido entre os dois mais caros do certame em disputa, bom individualmente, inclusive, reconhecido assim pela imprensa nacional, estar fora do G-4 e com pouca possibilidade de chegar nele, o que é bem pior.

Alguma coisa está muito errado em tudo isso. Alguém de sã consciência trocaria numa outra circunstância o atual elenco tricolor pelo elenco do CRB? Imagino que não, pois, o CRB foi derrotado na Fonte Nova por esse time que o Bahia tem. Só que enquanto os alagoanos evoluíram após fracassos iniciais, o Bahia involuiu depois de estar entre os quatro melhores.
 
O mal maior se estabelece no fato de que no Bahia ninguém aprende nada com erros do passado médio. Houve um tempo em que formar time em cima da hora dava certo, mas aquilo era porque o orçamento do clube era embasado na renda dos jogos e em alguma coisa do diminuto quadro de sócios. Hoje os caras lidam com orçamentos milionários e não planejam sequer um time de futebol para o ano seguinte.

Pois bem, se continuar nesse modo tupiniquim de administração o Bahia passará mais sete anos nas divisões inferiores do futebol brasileiro. Quase três anos já se foram, duas eleições aconteceram e o Bahia não saiu do lugar. E não sairá pelo menos enquanto a pisada for essa com métodos  bizarros na forma de se fazer futebol.

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