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Coluna

Djalma Gomes
Publicada em 04/01/2016 às 20h34

Faz como fala que funciona

Agora é como se fosse um recomeço, tempo de se reorganizar, corrigir rumos e refletir sobre erros do passado.  Entender que o homem jamais para de aprender e que assim continuará, por necessidade absoluta da humildade. Tenho lido algumas entrevistas do presidente do Bahia, teoricamente uma maravilha, mas ele tem de fazer como fala porque até agora ainda não deu pra aliar seu discurso à prática.

Creio que fazer a coisa certa é a sua intenção, dá pra perceber que é até pelo senso de organização. Entretanto o que me põe com a pulga atrás da orelha é a falta de habilidade com a própria vaidade que o presidente ostenta. Jamais devemos esquecer que sem humildade não há sabedoria e sem esta não se chega a lugar algum, exceto à diversidade ridícula da estultice.

Quando Sant'Ana tomou posse sua primeira atitude foi dispensar jogadores que não deveriam sair, pois, eram titulares e havia experiência neles de sobra para a série B. Dispensar Lomba com desculpa de salário alto foi um tiro no pé, errou no quesito, e se não, por que agora o repatria propondo ao jogador um contrato mais alongado? Parece ou não contra senso de repente o salário de Lomba já não ser tão alto assim? Acho que o presidente quis mostrar ação, quis se impor ao mexer em jogadores mais antigos no clube, ou se deixou levar por informações, que afinal,  em meu modo de ver, prejudicaram em muito o Bahia.

Neste ano, Presidente, governe sem opinião externa, erre se tiver que errar com seus pares na diretoria mas não permita cornetas desafinadas querendo estabelecer um comando paralelo. Entendo que você aprendeu muito no ano que passou e já entra marcando ponto com o repatriamento de Lomba. A política de contratações deveria ser um pouquinho mais arrojada, mas há que se entender que o Bahia amarga uma Segunda Divisão e isto dificulta tudo, inclusive contratações.

Não acho que Doriva seja o técnico ideal, principalmente depois da expectativa criada com uma possível vinda de Levir Culpi. Todavia foi o que o Bahia conseguiu trazer, que dentre os mais ou menos é o melhorzinho. Doriva é do tipo "primeiro vamos empatar e, depois, se possível, vamos ganhar de um a zero". Isso jamais foi modelo  de jogo do antigo Esquadrão de Aço campeão pioneiro do Brasil. Vou exultar de satisfação, Doriva, se você provar com seu trabalho que estou errado.

Agarro-me todavia numa particularidade que Sant'Ana trouxe consigo que é querer um time sempre agressivo, e aí é um direito do Presidente estabelecer uma filosofia comportamental de jogo para o Bahia no ato da contratação do técnico, que tem a obrigação de obedecer princípios  da instituição e criar os meios para executá-los. É dentro desse estilo que espero ver o Bahia em 2016, isso por acreditar que o presidente tricolor tenha imposto ao diretor de futebol Nei Pandolfo a sua filosofia vanguardista e este saiba transmiti-la devidamente à comissão técnica.

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