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Coluna

Faustino Menezes
Publicada em 07/05/2018 às 20h06

De 29 em 29 seremos tri?

Todos já conhecem a teoria dos títulos brasileiros do Bahia a cada 29 anos, não é? Aos menos informados, é o seguinte: desde que foi fundado, o nosso Tricolor coloca uma estrela nacional no peito a cada 29 anos.

Em 1960, no Maracanã e em cima do Santos de Pelé, o Esquadrão formado por Nadinho, Marito, Vicente Arenari, Léo Briglia e Biriba levantou o primeiro caneco nacional, válido pela edição de 1959. Quase três décadas depois, o Bahia de Bobô, Charles, Ronaldo Passos, Zé Carlos e Evaristo de Macedo conquistava o título brasileiro de 1988 em pleno Beira Rio, derrotando o Internacional de Taffarel em fevereiro de 1989.

A coincidência (ou teoria, como achar melhor) é ainda mais clara se você contar o ano de fundação do clube: 1931. Só para confirmar matematicamente o caso: de 1931 a 1960 = 29 e de 1960 a 1989 = 29. Ok! Agora que você está por dentro da teoria, vamos ao que interessa.

Se a escrita permanecer, 2018 havemos de gritarmos "é campeão" novamente em esfera nacional. Lógico que é pensar alto em tempos tão desnivelados financeiramente como vivemos hoje no futebol brasileiro, mas nada impossível não. Vencer o Brasileirão não parece ser uma realidade, visto o formato atual do certame, mas uma Copa do Brasil não é nada distante, visto que entramos já nas oitavas de final, nesta quarta (9) contra o Vasco.

Mas será que temos capacidade mesmo? Eu acredito que sim, mas o Bahia precisa ser aquele que foi praticamente imbatível na Copa do Nordeste do ano passado. Precisa fazer o dever de casa com autoridade e, no mínimo, segurar o resultado fora. Guto Ferreira, o mesmo Gordiola que "nos deu" a orelhuda nordestina em 2017 comanda o Bahia atualmente e vem pecando bastante quando joga longe de Salvador. O Tricolor é inofensivo fora da capital baiana. E assim não dá nem pra sonhar em passar de fase.

Precisamos fazer reencarnar nesta equipe atual o espírito guerreiro, destemido e avassalador de 1988. Guto precisa "dar uma" de Mestre Evaristo de Macedo e fazer o Esquadrão encarar os adversários de igual para igual, seja o milionário Palmeiras, o poderoso Grêmio, o avassalador Cruzeiro, Santos, Corinthians, entre outros. A começar pelo Vasco que, aliás, deve ser encarado do jeito que é: um time com qualidade técnica abaixo do Bahia. Sempre com cautela, sempre respeitando o adversário, é lógico. Mas precisa passar por cima!

Que os orixás voltem a nos ajudar, que os jogadores voltem a dar sangue pelo manto tricolor, que a torcida volte a apoiar acima de tudo e até o último milésimo de segundo do jogo. Nós temos o nosso papel, como tivemos em 59 e 88 e tanto nos orgulhamos disso. A Fonte Nova é nossa, não do jeito que era antes, mas continua sendo. Precisamos fazer nosso trabalho de preparar o terreno nas arquibancadas para mais um erguer de taça nacional lá embaixo. Vamos todos?! Então, Bora Bahêa!

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