A sorte tem jogado pelo Bahia

Agora a direção de futebol do Bahia resolveu apostar em jogadores desconhecidos e pelo visto acha que isso é a solução. Não é solução alguma, é incompetência gritante no futebol. Enquanto os magos de um jogo sem cartas fazem apostas com “dinheiro” dos outros, a prata da casa vai caindo no lugar comum do “a quem interessar possa”.

 Assusta muito esse desinteresse do Bahia em desenvolver valores criados na base de formação do clube. Das duas uma: ou é desespero de causa, ou há empresários por trás tentando fazer do Bahia abano para carvão molhado. Enquanto isso, nada do “a vez do futebol” e a política continua a de fazer “em cima da perna”.

 Um time convincente e capaz de amedrontar adversários; esqueça torcedor! Contra o Náutico eu vi apenas uma defesa difícil do Julio César. Em Belém, contra o Paysandu, vimos um time que não jogava para ganhar.

 Não gosto de nominar jogadores em minhas críticas em respeito ao Ser humano, mas ver Allano jogar como titular acho de uma desinteligência que margeia o insustentável. O cara mata as jogadas de gols, não cria, e se entende com a bola com uma grosseria de dar dó.

 Edgard Junior é outro que jamais me convenceu, mas como ele é tido como um “grande desfalque” quando se machuca, fico pensando que o burro sou eu e calo-me. Mas o  fato é que o campeonato tá na reta final e o torcedor vai se desiludindo com o time e comissão técnica.

 Não consigo ver o Bahia como um time confiável ao ponto de se impor definitivamente como candidato a uma das quatro vagas. A grande jogada quem faz é a sorte, pois, quando o time faz o pior os concorrentes dão aquela mãozona e o Bahia continua nas bordas do G-4

 A realidade é que Brasil-RS, CRB e Atlético-GO vão se garantindo na competição e dificilmente cederão seus lugares. O  Bahia ainda tem de ultrapassar Londrina e Ceará para tirar os dois do caminho e brigar com quem está no G-4. Agora, vamos combinar que isso tá muito difícil jogando esse futebol pobre que o Bahia vem jogando.

 Fica ainda mais difícil quando olhamos o retrovisor e bem coladinhos vemos Vila Nova e Avaí  — com igualdade de pontos neste momento. Fato novo — diria um amigo querido — é que, mesmo ganhando do Goiás, ainda não dá para entrar no G-4.

 Então é torcer para que o fator sorte continue sendo o principal aliado Tricolor e também pedir aos santos que um desses novos contratados faça a diferença capaz de ajudar decisivamente, assim como têm feito Muriel e Thiago, que não chegaram apenas para inchar o elenco e a folha de pagamento.

 40 ANOS DO HISTÓRICO BABA DE DEIRÓ

 Foi fundado há 40 anos através de um grupo de amigos nas pessoas de Raimundo Deiró, Clínio Leite, Reinaldo Pamponet, Luis Carlos Menezes  — Lapão –, Helio Moncorvo, Luis Carlos Uzeda, Antonio Fontes, José Luis Queiroz, José Menezes — o Caneta –, Emanuel Barreto, Nelson Ornellas, Ival Figueiredo, Valmar Hupsel, Zé Carmo e mais outras ilustres pessoas que por culpa da minha memória não cito.

 Neste sábado, 17, o “Baba dos Amigos” que tem como presidente Genaldo Vargas, homenageará essa turma citada acima em comemoração fraterna e muito merecida, pelo feito daqueles e pela sequência que os de agora têm dado ao baba. Os princípios são os mesmo e a regra é clara; construir e conservar amigos, sempre!

 — In memorian; Luis Carlos Uzeda, Antonio Fontes e Raimundo Deiró, que não mais estão entre nós, mas que deixaram um legado de dignidade, união e amor ao próximo, fantástico!