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Coluna

Djalma Gomes
Publicada em 05/02/2019 às 11h10

A hora de aprender é agora

A hora de aprender é agora. Não faz sentido deixar o dragão fora dos seus cálculos se você vive perto de um. Imagino que se o Bahia ganha folgadamente do Vitória, como previam os torcedores mais otimistas, as coisas poderiam ficar acomodadas e os erros não apareceriam. Foi ótimo o adversário endurecer o jogo no segundo tempo. Tudo que se pretende de bom para este ano ainda está começando com os respectivos Campeonato Baiano e Copa do Nordeste, que servem como tubos de ensaio.

O torcedor é muito ansioso, precipitado e apaixonado. Isso cria, não raro, expectativas falsas e a decepção torna-se um viés para cobranças não compatíveis com o atual momento que é de arrumação de casa. O trabalho como um todo no Bahia está sendo muito bem elaborado para a construção de um grande clube na prática e não na retórica. Isto é uma realidade.

– O Bavi de domingo passado foi um grande teste, não pelo poder técnico do adversário, mas pela tradição sempre coberta de mistérios e magia que tem um clássico. Pena que esse impedimento antidemocrático de duas torcidas no estádio deixe esse clássico sem a mínima graça nas arquibancadas. Mas sobre isso comentarei oportunamente.

Primeiramente, temos de admitir que futebol é um jogo e não uma ciência exata. Em seguida, temos que considerar que em clássico não há favorito, há superação. Nesse último jogo ficou provado isso. Aquele time que deveria ser goleado pelo que não jogou no primeiro tempo, no segundo tempo fez um jogo de igual para igual e, também, aos 19 minutos, assim como fizera o Bahia no primeiro tempo, acabou por empatar o jogo.

Em tese, foi um resultado muito bom para o Bahia, porque deu para sentir que não é bem assim que a banda toca. Há muita festa pela frente e, com o passar do tempo, é que essa banda vai virando orquestra. É um processo evolutivo e quem tem alguma sensatez para reprimir a paixão sabe que em 30 dias um time de futebol não pode estar devidamente entrosado e menos ainda definido.

Passei a confiar na competência de Enderson porque ano passado ele mostrou que tem consciência do trabalho que faz e sabe perfeitamente onde está o seu norte e como fazer para chegar lá. O que ele precisa é de tempo para vender bem vendida aos seus comandados a ideia de como ele quer seu time jogando.

Organizacionalmente o Bahia de hoje é soberbo e tem comando fora e dentro de campo, o que indica que para alguma coisa dar errado é quase impossível. Imprensa e torcida elogiam em unanimidade a montagem do elenco tricolor até aqui. Todos gostaram e sobraram esses elogios ao presidente tricolor, merecidamente, e até dos adversários esses aconteceram.

Terminado o jogo, ouvi o treinador do rival falando sobre a performance do seu time no primeiro tempo e como conseguiu de alguma forma mudar o cenário para o segundo tempo. Um detalhe me chamou atenção, quando o Chamusca disse que “você olha para o banco de reservas deles e vê para cada posição um jogador igual ao titular, não muda nada, é brincadeira!” – elogiou Marcelo Chamusca.

Então, eu penso que qualquer análise desfavorável ao Bahia de Enderson Moreira nesse momento é precipitado tanto quanto inconsequente. A jornada começou agora e muita coisa ainda vai acontecer até se chegar ao ponto certo – aqueles que dizem que determinada coisa não está sendo bem feita devem ceder tempo e espaço para aqueles que estão fazendo. Tenhamos paciência.

“A função principal das profecias não é predizer o futuro, mas construí-lo”.

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